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Sindicato cobra melhores condições no call center

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Em reunião com diretores do Santander, dirigentes sindicais reivindicaram assinatura de acordo específico que busque garantir melhores condições de trabalho no departamento
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São Paulo – Dirigentes sindicais voltaram a reunir-se com integrantes do Santander para cobrar a assinatura de acordo específico que contemple os trabalhadores do call center. O Sindicato recebe todos os meses dezenas de denúncias sobre problemas no departamento. A reunião ocorreu na terça-feira 5.

“Levamos ao banco todas as questões que transtornam os funcionários daquele setor como os desrespeitos à pausa de 10 minutos, horário de almoço flutuante e sobrecarga de trabalho”, relata a diretora executiva do Sindicato Maria Rosani. “Eles se comprometeram a analisar todos os pontos discutidos e dar um retorno no dia 15 de agosto. Esperamos com isso ratificar um acordo específico para os trabalhadores do call center visando garantir o mínimo de condições dignas de trabalho naquele setor.”

Quanto à questão da pausa, segundo Rosani, o banco afirmou que cumpre as determinações do Ministério do Trabalho descritas na Norma Regulamentadora 17, que trata das condições de trabalho dos funcionários de teleatendimento. “Mas não é o que acontece na prática”, afirma Rosani.

Os dirigentes discutiram outras questões que afligem os trabalhadores do call center, como a falta de treinamento para o atendimento aos clientes e a folga referente, que abona um feriado trabalhado e deve ser tirada em até 90 dias, o que não está ocorrendo, segundo denúncias.

“Liberam as folgas quando querem, em dias que não favorecem em nada os funcionários, e se pedimos para alterar, falam que não pode. Não respeitam nossas necessidades”, afirma um funcionário do setor.

“Nós voltamos a cobrar do banco que a folga referente deve ser escolhida em comum acordo entre o trabalhador e o gestor e ela deve ser usufruída no prazo de 90 dias”, relata Rosani.

O aumento das metas também foi abordado na reunião. Bancários denunciam que no último mês houve substancial alta dos resultados a serem batidos.

“As metas vêm subindo. A meta de cartões, que antes era em média 14 por mês, este mês subiu para 29, fora os adicionais como seguro acidentes pessoais e seguro de cartão, sendo que somos ameaçados”, denuncia um bancário do setor. “Se vendermos cartão sem seguro seremos cobrados em feedback e já deixaram bem claro que nossas notas de avaliação e desempenho serão sobre vendas, e se não vendermos poderemos ser demitidos.”


Rodolfo Wrolli – 6/8/2014

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