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Ato cobra respeito e mais funcionários no BB

Linha fina
Protesto em frente à Superintendência da capital reivindica melhores condições de trabalho e fim do assédio moral; dirigente alerta para aumento do número de bancários que trabalham adoecidos com medo de descomissionamento
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São Paulo – A luta pelo aumento do número de funcionários no Banco do Brasil continua. O Sindicato protestou, na terça-feira 12, em frente ao prédio da Superintendência da capital paulista para cobrar mais contratações na instituição pública. Dezenas de clientes e usuários reivindicaram por meio de abaixo assinado a abertura de novos concursos públicos.

Além da diretoria, o centro administrativo abriga a Disap (Diretoria de Distribuição de São Paulo), departamento responsável pelas agências de varejo e também pela cobrança das metas.


Os bons resultados apresentados pelo banco não se refletiram na contratação de funcionários. A instituição teve lucro líquido de R$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 4,7% em relação ao mesmo período de 2013. Por outro lado, entre março de 2013 e março deste ano foram eliminados 1.492 postos de trabalho – 43 no primeiro trimestre deste ano. O total de funcionários do BB em 31 de março era de 112.173. Com isso, o número de contas correntes por bancário passou de 425 em março de 2013 para 444 no mesmo mês de 2014.

“Esses números comprovam a sobrecarga de trabalho dos bancários, que sofrem pressão e assédio moral para o cumprimento de metas cada vez maiores, o que por sua vez gera o adoecimento físico e psíquico”, denuncia o dirigente sindical Claudio Luis de Souza.

E alerta para casos cada vez mais recorrentes de bancários que, com receio de perder a função, recusam-se a pedir afastamento e trabalham mesmo adoecidos. A situação tem até nomenclatura: presenteísmo.

“Estamos recebendo muitos relatos de bancários que mesmo com atestado de afastamento continuam trabalhando por medo de descomissionamento. Por todas essas razões estamos cobrando mais contratações, melhores condições de trabalho e respeito aos funcionários. Caso contrário, os protestos vão continuar”, afirma Claudio Luis.


Rodolfo Wrolli – 12/8/2014
 

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