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Orientação é pela não adesão ao PAQ do Basa

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Na prática, é plano de demissões voluntárias focado nos empregados e empregadas do Quadro de Apoio e demais trabalhadores enquadrados no PCS anterior a 1994
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Belém - O Sindicato dos Bancários do Pará foi chamado em cima da hora nesta quarta-feira 13 para uma reunião com a Direc do Banco da Amazônia para tratar sobre reestruturação no banco. Mesmo com dificuldades de agendas, a entidade foi representada pelo vice-presidente Marco Aurélio Vaz e pelo diretor jurídico Cristiano Moreno, ambos empregados do banco.

Para surpresa dos dirigentes sindicais, a reunião convocada pelo banco era para apresentar o novo Plano de Adequação de Pessoal (PAQ), o qual começou a ser implementado já na data de hoje.

Na prática, o PAQ é um plano de demissões voluntárias focado nos empregados e empregadas do Quadro de Apoio e demais trabalhadores enquadrados no PCS anterior a 1994. São 243 bancários na mira do banco, os quais representariam um custo de R$ 25 milhões para a instituição nesse processo de desligamentos.

Quem aderisse ao PAQ receberia uma remuneração para cada 4 anos trabalhados, teria garantido o reembolso do plano de saúde por 24 meses e as contribuições à CAPAF por 6 meses. O banco garantiria ainda aos aderentes o pagamento de um bônus no valor de R$ 30 mil limitando o valor total dos benefícios recebidos a R$ 100 mil.

O prazo para as adesões foi fixado de 13 de agosto a 5 de setembro de 2014.

Prejuízos - Por se tratar de desligamento dos trabalhadores, a pedido do banco, não será paga a multa de 40% sobre o saldo do FGTS.

O banco também não garante o pagamento do aviso prévio proporcional.

Além disso, o Banco da Amazônia não garante a contribuição para o plano de saúde aos empregados que não forem aposentados, o que resulta em um grande prejuízo para a categoria bancária.

Orientações à categoria - "Nos causou espanto e indignação a postura do Banco da Amazônia com essa reunião. Esse PAQ foi construído unilateralmente pelo banco, as entidades sindicais não foram chamadas para discussão de nada sobre isso, apenas fomos informados da implementação do mesmo a partir da data de hoje. E o que percebemos sobre o que nos foi apresentado é que esse plano de demissões é prejudicial aos empregados do banco, por isso orientamos a não adesão de nenhum funcionário a esse PAQ", enfatiza Marco Aurélio.

"Realizamos recentemente um seminário nacional pelo fortalecimento do Banco da Amazônia, construímos nossa minuta específica no 6º Congresso Nacional dos empregados do banco com a perspectiva de valorização dos trabalhadores e das trabalhadoras da instituição. Porém, justamente no dia da entrega da nossa minuta específica, o Banco da Amazônia nos apresenta um plano totalmente prejudicial a nossa categoria. Não concordamos com esse PAQ e orientamos a não adesão dos empregados ao mesmo", afirma Cristiano Moreno.

"Não concordamos e não aceitamos o método adotado pelo Banco da Amazônia, que optou por não discutir com as entidades para implementar esse PAQ. Além disso, foi um total desrespeito chamar o Sindicato para uma reunião sem pauta e apresentar esse plano de demissões sem nos dar tempo de avaliação. A proposta do banco não atende nem a quem, porventura, tenha o interesse de se desligar da empresa. Pedimos cautela aos empregados para qualquer decisão, pois outros PDVs e PAQs lançados antes deixaram vários colegas em situação difícil e arrependidos. Não vamos aderir ao PAQ do Banco da Amazônia", destaca o vice-presidente da Fetec Centro Norte e diretor financeiro do Sindicato, Sérgio Trindade.


Seeb Pará - 15/8/2014

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