Pular para o conteúdo principal

Fraude na Caixa aponta risco em correspondentes

Linha fina
Polícia Federal realiza operação para apurar desvio de R$ 500 mi em financiamentos imobiliários feitos por terceiros
Imagem Destaque

São Paulo – A Polícia Federal investiga o desvio de R$ 500 milhões de agências da Caixa no Maranhão, por meio de operações fraudulentas de financiamento de imóveis, feitas a partir de correspondentes bancários. Até segunda-feira 18, a PF já havia cumprido 19 mandados de busca e apreensão, 18 de condução coercitiva e sete de suspensão da função pública, na Operação Cartago, como foi batizada.

O episódio torna ainda mais evidente a necessidade de o banco público acabar com os correspondentes bancários e habitacionais, como quer o movimento sindical. “É reivindicação antiga dos empregados e está na pauta entregue à direção do banco no dia 11. Além de problemas com a segurança das informações e operações bancárias, os trabalhadores dos correspondentes não têm os mesmos direitos da categoria, apesar de realizarem tarefas de bancários”, critica o diretor executivo do Sindicato e membro da Comissão Executiva dos Empregados, Dionísio Reis.

Operação – Segundo a PF, empregados da Caixa estavam envolvidos. Eles teriam criado empresas fictícias em nome de parentes, que eram contratadas para prestar serviços como correspondentes para financiamentos imobiliários. Os escritórios de atendimento funcionavam em agências da Caixa e os funcionários dessas empresas chegaram a ter acesso a senhas restritas de empregados do banco.

Em nota, a Caixa diz que a operação foi deflagrada após apuração administrativa interna, que culminou com a demissão de empregados envolvidos e com a notificação à PF.

Metas – O dirigente sindical destaca ainda que por conta de metas impostas pelos bancos, os empregados se sentem obrigados a fechar o maior número de contratos e isso pode resultar em menor zelo na verificação dos documentos necessários. “As ações de indivíduos de má fé têm mesmo de ser apuradas, mas os empregados da Caixa fazem seu trabalho honestamente. Por isso alertamos os bancários a não ceder à pressão por metas e que tenham muito cuidado com os contratos, pois este episódio do Maranhão mostra que a Caixa responsabilizará o trabalhador se houver problemas.”

Dionísio ressalta ainda que o Sindicato vai cobrar do banco que faça uma exposição aos representantes dos trabalhadores sobre a questão dos correspondentes na instituição. "Como vimos, muitos ainda funcionam nas próprias dependências físicas do banco, o que é proibido pelo Banco Central", lembra.


Redação, com informações do UOL – 19/8/2014
 

seja socio

Exibindo 1 - 1 de 1