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Israel matou 10 crianças por dia em Gaza

Linha fina
Pouco antes do anuncio de um novo cessar-fogo, números da Unicef mostram tamanho do massacre contra os palestinos
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São Paulo - Os 50 dias de ataques israelenses contra a Faixa de Gaza deixaram nada menos do que 491 crianças palestinas mortas, média de quase 10 por dia, segundo dados da Unicef, braço da ONU (Organização das Nações Unidas) para a infância. Outras 3.106 foram feridas. Nesta terça 26, Israel e Hamas, grupo que comanda o território, concordaram com uma proposta do Egito de cessar-fogo duradouro.

Das crianças que sobreviveram, quase metade, ou 373 mil, precisam de apoio psicológico imediato. O ano letivo não vai começar como programado pois 224 escolas estão danificadas, 22 foram destruídas e as pouco mais de cem que sobraram estão servindo de abrigo para aproximadamente 337 mil pessoas.

Os números mostram ainda que quase um quarto da população - 475 mil pessoas - está deslocada de suas casas, sendo mais de 50 mil crianças. Ao todo foram 89 famílias inteiras mortas pelas forças de ocupação comandadas pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

A contagem de vítimas pode crescer ainda mais, já que há uma contaminação em massa em Gaza de dispositivos explosivos não detonados e a estrutura da região entrou em colapso, com linhas de sistemas de eletricidade, água e esgoto danificados extensivamente, sempre segundo a Unicef.

Na mesma terça 26, antes do cessar-fogo, dois palestinos foram mortos pela aviação israelense. Somente nesta data, foram 15 ataques à Gaza.

No sábado 23, outro ataque já havia matado cinco pessoas da mesma família, incluindo duas mulheres e duas crianças, antes do amanhecer em Al Zawayda. O pai de 28 anos, a mãe de 26, dois filhos e uma tia de 45 anos. Naquele dia, foram cerca de 20 ataques aéreos.

A ONU contabiliza que pelo menos 70% dos palestinos mortos são civis. Do lado israelense, são pouco mais de 60 soldados e quatro civis mortos.

Cessar-fogo duradouro - Segundo o jornal O Globo, o cessar-fogo foi noticiado pela agência estatal de notícias egípcia Mena e confirmado oficialmente pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

O Ministério de Relações Exteriores de Israel informou que o país concordou em abrir as fronteiras de Gaza para liberar a entrada de ajuda humanitária e de materiais de construção. Conversas sobre outras questões, como a construção de um porto e aeroporto em Gaza e a libertação de prisioneiros palestinos, serão retomadas um mês após o início da nova trégua.


Redação, com informações da Agência Lusa e do O Globo - 26/8/2014

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