São Paulo – O bairro do Morumbi viveu uma madrugada de terror na quinta-feira 28. Três unidades bancárias localizadas na Avenida dos Tajurás, a menos de dois quilometros de distância da sede do governo paulista, foram alvos de violentos atentados.
Os ataques ocorrem na mesma semana em que o movimento sindical discute com a Fenaban um dos principais pontos da pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2014: a segurança bancária.
> Bancos nem aí com a vida dos bancários
Duas das agências – uma do Santander e outra da Caixa –, tiveram os caixas explodidos com dinamites e sofreram roubos vultosos. A agência do Bradesco, um pouco mais protegida, foi alvo de tiros de fuzil, mas não chegou a ser assaltada.
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A destruição das unidades do Santander, e principalmente da Caixa, impressionam. “Não foram ataques normais. Os bandidos chegaram a estacionar um caminhão atravessado na rua para impedir a chegada da PM. A porta de segurança da unidade da Caixa ficou tão retorcida que parecia feita de papel”, relata o dirigente sindical Carlos Garcia.
Nenhuma pessoa ficou ferida, mas os funcionários estão apreensivos com o poder de fogo e a ousadia dos criminosos, bem como a deficiência das seguranças bancária e pública. “Estamos muito assustados. Aqui é uma região com muitos casos de saidinha de banco e sequestros relâmpagos, já é segunda vez neste ano que a agência do Santander é alvo de ataques, e isso porque estamos bem perto do Palácio dos Bandeirantes [sede do governo do estado]”, acentua um bancário.
Medidas de segurança – Segundo a Rede Globo, a agência da Caixa foi inaugurada há menos de um ano e não tinha instalado um sistema de segurança que dificultasse a ação dos criminosos. 
Já a do Bradesco possui vidros blindados e isso impediu a invasão dos meliantes na área de autoatendimento.
“Por essa razão uma das nossas reivindicações na área de segurança é instalação de vidros blindados na fachada das agências”, ressalta o secretário Jurídico do Sindicato, Carlos Damarindo. “Já na questão da Caixa, é importante a Polícia Federal apurar por que não estava instalado o sistema de segurança, pois para poder funcionar, a agência deveria ter passado por uma vistoria do órgão competente da PF, que é a Delesp”, acrescenta o dirigente.
Rodolfo Wrolli – 28/8/2014
