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Venda da área de custódia preocupa no Santander

Linha fina
Sindicato cobra garantia de direitos e banco diz que empregados já transferidos para a Companhia Real de Valores (CRV) “permaneceram com as mesmas condições da categoria”
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São Paulo – Um acordo do Santander no Brasil, Espanha e México com a Finesp Holdings II B.V. para a criação de uma empresa líder no mercado de custódia tem preocupado os bancários que atuam na área. Isso porque eles – que lidam com a intermediação, compra e venda de títulos e valores mobiliários – não sabem quais serão os impactos da transação, divulgada pela imprensa, em junho.

A nova empresa terá 50% de participação do banco e 50% da holding, formada por um grupo de investidores liderado pelo fundo Warburg e pelo Temasek, de Cingapura.

Dirigentes do Sindicato cobraram que a negociação não represente prejuízo aos trabalhadores. No Brasil, o negócio inclui a venda de 100% da Santander Securities para a Companhia Real de Valores (CRV), nova razão social que concentrará os serviços de custódia, com aprovação de clientes e cotistas.

Em e-mail datado de 27 de agosto, representante do Santander informou que cinco bancários que atuavam na área foram transferidos para a CRV, em maio, e que “permaneceram com as mesmas condições da categoria bancária”. Aproximadamente 150 funcionários da custódia permanecem na corretora, divididos em diferentes locais de trabalho.

“Os bancários denunciaram preocupação com perda de direitos e o Sindicato cobrou do Santander o compromisso de que essas alterações não vão prejudicar os trabalhadores”, afirma o dirigente Roberto Paulino.

De acordo com o informe, a conclusão do processo depende de aprovações regulatórias previstas para ser concluídas até o final de 2014.

“O Sindicato acompanhará essas mudanças no sentido de garantir empregos e os direitos da categoria para todos da área”, declara Roberto Paulino, lembrando a importância da sindicalização na valorização da organização.

“Caso sejam prejudicados, os trabalhadores devem denunciar ao Sindicato”, alerta o dirigente.


Mariana Castro Alves – 10/9/2014

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