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Trabalhadores cobram proposta global do BB

Linha fina
Representantes dos funcionários apresentaram todos os pontos da pauta específica da Campanha 2014
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São Paulo – Os representantes dos bancários estão cobrando que a direção do Banco do Brasil apresente proposta global às reivindicações do funcionalismo. Na sexta 12 ocorreu a terceira rodada de negociação específica para tratar do tema remuneração, esgotando todos os itens da pauta aprovada durante o 25º Congresso Nacional dos Funcionários do BB.

Os negociadores da instituição financeira mantiveram a mesma postura das duas primeiras reuniões e se limitaram a ouvir a argumentação dos dirigentes sindicais. Pouco de concreto apresentaram. “O banco está com nossa pauta há um mês. Nesses três encontros mostramos ponto a ponto a razão das exigências dos empregados das agências e dos complexos administrativos. Agora resta à empresa apresentar proposta aos trabalhadores”, afirma o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários, Cláudio Luis de Souza.

Para o PCR (Plano de Carreira e Remuneração) foi cobrado que o interstício da promoção por mérito aumente de 3% para 6%, a inclusão dos escriturários e a diminuição no tempo de promoção. “Deixamos claro que diversos empregados estão no cargo de escriturários há muitos anos sem que haja o reconhecimento profissional e é necessário rever essa injustiça. Já o interstício não é alterado desde 2007, é fundamental uma revisão”, disse o dirigente. O banco ficou de analisar a questão.

Os dirigentes cobraram que todos os aplicativos da instituição financeira sejam interligados ao ponto eletrônico. Atualmente muitas pessoas permanecessem trabalhando, mesmo pós o término da jornada, sem que haja registro dessas horas. Para essa questão o BB afirma que está em desenvolvimento pelo setor de TI programa que faça essa interligação.

Reestruturação – Os vários processos de reestruturação em curso no banco também foram questionados pelos integrantes da comissão de empresa. Eles afirmaram que essas mudanças repentinas e a falta de transparência causam intranquilidade entre os funcionários. Para minimizar o impacto e evitar prejuízos aos envolvidos foi reivindicada a criação de uma VCPI (Verba de Caráter Pessoal Individual) e a incorporação do adicional noturno para quem for transferido para o período diurno. Além disso, que o banco negocie com o movimento sindical antes que haja alterações nos setores.

Nessa questão, a instituição financeira confirmou que está havendo redução nos setores da área meio e sinalizou que pode voltar a discutir o assunto.

Equiparação salarial – Os dirigentes também cobraram a equiparação salarial entre os funcionários em cargo de gerência média e também entre assistentes e analistas. Nesses casos, as pessoas fazem as mesmas tarefas, mas recebem renumerações distintas. O banco não se posicionou.

Substituição de caixa – A empresa também se limitou a ouvir sobre a situação de funcionários que substituem os caixas há mais de um ano, mas sem serem efetivados na função.

Descomissionamentos – Os integrantes da comissão de empresa reivindicaram que o banco esclareça o processo de avaliação dos empregados em relação ao descominissionamento. Atualmente existem notas, que variam de 1 a 7, e registros da chefia. “O funcionário não sabe qual deve ser sua pontuação nem quanto pesam as anotações de gestores. Eles necessitam saber disso até para poderem se defender”, explica Cláudio Luis. O banco ficou de avaliar a reivindicação.

Previdência – Para as questões relativas ao plano de previdência dos funcionários oriundos de bancos incorporados, a instituição sinalizou que pode constituir uma mesa temática para aprofundar o debate. Não foi marcada data para uma próxima negociação.


Jair Rosa – 12/9/2014
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