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Caixa tem de acabar com “cobertor curto”

Linha fina
Com grande demanda social, agência do Jardim Helena também é alvo de protesto do Sindicato para cobrar mais contratação
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São Paulo – Em menos de duas horas, mais de 200 clientes aderiram a abaixo-assinado por mais empregados na Caixa do Jardim Helena, em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo. Na quarta 17, dia do protesto promovido pelo Sindicato, a unidade estava lotada, mesmo a segunda quinzena do mês sendo o período em que o movimento é menor.

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O ato para conscientizar a população a apoiar a reivindicação por mais empregados vem se repetindo em várias unidades. Inúmeros abaixo-assinados estão sendo feitos. No início de setembro foram entregues cerca de mil assinaturas à direção do banco, em Brasília.

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Paralelamente, os representantes dos trabalhadores negociam junto às Superintendências Regionais (SRs) para que sejam solucionadas as situações de falta de trabalhadores em cada unidade.

“É preciso mais empregados e melhores condições de atendimento”, destaca o diretor executivo do Sindicato e integrante da CEE (Comissão Executiva dos Empregados), Dionísio Reis.

Cobertor curto – De acordo com o dirigente, algumas SRs já responderam positivamente, alocando mais trabalhadores em algumas agências mais problemáticas, após a atuação do movimento sindical.

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Entretanto, esse não foi o caso da SR Penha. O Sindicato realizou protesto na agência do Jardim Colonial, também na zona leste, porém a Superintendência Regional informou que não fará novas dotações.

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“A SR Penha não se propôs a aumentar o número de empregados. Disseram que, se em algumas regionais o número de trabalhadores subiu, não tem como aumentar em todas. Isso porque o “cobertor é curto”. Mas, a situação é insustentável: os trabalhadores estão adoecendo, não dá mais para esticar esse cobertor. E a população também está reclamando por melhoria no atendimento. Por isso, estamos aqui para cobrar”, explica Dionísio.

O Sindicato ainda aguarda resposta da SR Santo Amaro, após protesto no Jardim Germânia.

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Discurso do método – A Caixa conta hoje com aproximadamente 100 mil empregados. Há autorização para 3 mil novas contratações, conforme resolução do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que libera os investimentos das instituições públicas.

Segundo Dionísio, no entanto, a reivindicação dos trabalhadores é que os contratados cheguem a 130 mil, a serem distribuídos conforme necessidade de cada setor.

“A Caixa abre agências sem mandar gente suficiente. Faltam empregados e há ambiguidade nas atribuições”, afirma.

O diretor do Sindicato critica a metodologia usada pela instituição – que leva em conta uma pretensa demanda da localidade para avaliar o número de empregados nas agências e tem se mostrado equivocada.

“O banco não planeja nem o básico que é considerar que cada um tem um mês ao ano para tirar férias. Essa é uma metodologia errada e torna a situação dramática. Os trabalhadores estão adoecendo com a sobrecarga de trabalho”, reforça Dionísio. “Os empregados estão chegando ao seu limite. Ninguém aguenta mais. É preciso repensar esse modelo.”


Mariana Castro Alves – 18/9/2014

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