São Paulo – Integrantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) apoiados pelo Sindicato arrancaram do Itaú uma antiga reivindicação dos trabalhadores do CTO: fisioterapia até as 18h. Antes, as sessões eram disponibilizadas apenas na parte da manhã e das 14h às 16h, o que causava transtornos.
“Até agora muitos funcionários tinham de se deslocar durante o expediente, sair mais cedo ou chegar mais tarde ao trabalho para fazer a fisioterapia. Com a extensão do horário, esse problema se reduziu”, explica o dirigente Francisco Cezar, o Cezinha.
As sessões de fisioterapia podem ser feitas das 8h às 13h e das 14h às 18h. Por se tratar de um polo de tecnologia, onde os bancários trabalham com máquinas todo o tempo, há muita incidência de doenças do trato osteomuscular, como tendinite e outras lesões por esforço repetitivo.
“No entanto, atualmente também ocorrem muitos casos de adoecimento por problemas psicológicos, reflexo das atuais condições de trabalho que obrigam os funcionários a conviver com pressão e assédio moral pelo cumprimento de metas”, afirma Cezinha.
Histórico – Até 1999 não havia fisioterapia no CTO. O serviço foi disponibilizado naquele ano, após luta dos cipeiros indicados pelo Sindicato. “Pedimos a implantação e o banco atendeu, mas só das 8h ao meio-dia, o que não contemplava muitos funcionários”, explica o dirigente.
Em 2000 foi reivindicado e atendido que as sessões fossem até 16h. A partir daquele ano começou a cobrança para o prolongamento do serviço até as 18h, o que agora foi atendido pelo banco.
O que é a Cipa – A Cipa é uma comissão de funcionários indicados tanto pelo banco quanto pelos trabalhadores (Sindicato), que tem a finalidade de prevenir acidentes e doenças ocupacionais, buscando a sintonia permanente entre o trabalho e a preservação da vida e da saúde do funcionário.
Também é função da Cipa cobrar melhorias no ambiente de trabalho, como mobiliário adequado, acessibilidade para pessoas com deficiência, manutenção de equipamentos como ar-condicionado, higiene nos banheiros etc.
Rodolfo Wrolli – 19/9/2014
