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Negociação frustrada com o Santander

Linha fina
Contraproposta do banco para o acordo coletivo aditivo não contempla as reivindicações dos trabalhadores
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São Paulo – As negociações para a ampliação do acordo coletivo aditivo dos trabalhadores do Santander, na terça 14, foram frustrantes. Essa foi a avaliação da Comissão de Organização dos Empregados (COE) diante da não apresentação, por parte do banco, de novas reivindicações construídas a partir de consulta respondida por mais de 10 mil bancários em todo o país.

“O Santander não apresentou nenhum avanço na proposta das demandas dos trabalhadores, principalmente em relação às condições de trabalho, que é a maior grita dos bancários, como por exemplo, as reuniões diárias para as cobranças por metas”, relata a secretária de Finanças do Sindicato e coordenadora da mesa de negociação, Rita Berlofa.

A contraproposta do banco prevê a renovação das cláusulas pré-existentes e a adequação da redação de algumas, como por exemplo, a licença adoção para adaptar-se à legislação atual, que estende esse direito a todos os trabalhadores, independente de gênero.

Outra cláusula alterada é de bolsa auxílio estudo. Serão mantidas as mesmas 2,5 mil bolsas, mas de acordo com a nova proposta, as bolsas que não forem preenchidas para primeira graduação poderão ser utilizadas para uma segunda faculdade. A proposta não prevê a atualização do valor pelo índice da Fenaban. “Não atende as nossas necessidades. Queremos que o número de bolsas seja ampliado para a segunda graduação e que este valor seja atualizado pelo índice da Fenaban”, acentua Rita Berlofa.

O banco apresentou ainda alteração na redação da cláusula de igualdade de oportunidades. A nova proposta, no entanto, foi considerada pela COE genérica e sem nenhum indicador para aferir sua eficiência.

“Essas propostas são insuficientes, principalmente, porque não dialogam com a falta de funcionários, pressão insuportável pelo cumprimento de metas, sobrecarga de trabalho. Tudo que tem contribuído para o adoecimento do trabalhador. A saúde é um bem indisponível, ou seja, inegociável. Queremos que a contraproposta do banco preveja melhorias nas condições de trabalho. Esse é o grande problema enfrentado pelos bancários e nós precisamos discutir com seriedade esse tema.”

Rita Berlofa ressalta que, durante as negociações gerais da Campanha Nacional 2014, a federação dos bancos (Fenaban) negou-se a analisar essas questões, alegando que este é um tema que deve ser negociado banco a banco. “Então este é o momento do Santander sentar com o movimento sindical e discutir com seriedade essas melhorias, por isso esperamos que na próxima reunião, agendada para o dia 23, sejam apresentadas propostas que venham ao encontro das necessidades dos trabalhadores nessas e em outras questões”, finaliza a dirigente.


Rodolfo Wrolli – 14/10/2014
 

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