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Prefeitura cobra previsão de falta d'água em escolas

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Após cobrança, empresa estadual se compromete a garantir caminhões-pipa para unidades afetadas por racionamento. 'Escola não é um lugar que pode de manhã descobrir que está sem água', diz secretário
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São Paulo – A prefeitura de São Paulo voltou a cobrar da Sabesp que emita previsões sobre falta d'água em unidades educacionais sob controle do município para que se possa adotar medidas paliativas que evitem a suspensão das aulas. A empresa estadual se comprometeu a enviar caminhões-pipa sempre que necessário.

Das 2.768 escolas da rede municipal de ensino, 34 declararam existir algum tipo de desabastecimento de água ao longo desta semana, segundo contabilidade divulgada na sexta-feira 17 pela gestão Fernando Haddad (PT). O problema não foi mais grave, avalia a Secretaria de Educação, por conta do feriado do Dia do Professor.

“Queremos uma alteração de prioridade no abastecimento e na informação sobre eventual desabastecimento nas escolas municipais”, diz o secretário de Educação da capital, Cesar Callegari, em entrevista à repórter Anelize Moreira, da Rádio Brasil Atual. “Escola não é um lugar onde você pode de manhã cedo descobrir que está sem água. As crianças são levadas para as escolas pelas peruas, pelas mães, pelos pais, e não podem ser surpreendidas no início da manhã. Muito menos podemos permitir ou achar normal a suspensão de dias letivos porque isso é um prejuízo educacional grave para as crianças.”

Em ao menos uma unidade, a Escola Infantil Almirante Tamandaré, na Mooca, zona leste, houve dispensa de alunos por conta do racionamento. Na área de saúde, 15 unidades informaram desabastecimento, o que, na maior parte dos casos, leva à suspensão do serviço devido à impossibilidade de manter as condições de higiene adequadas a um tratamento médico.

Haddad informou que ele e os demais prefeitos da região metropolitana se colocaram à disposição da Sabesp para uma reunião com a finalidade de definir ações de colaboração das administrações municipais no combate à falta d'água. Ele defendeu que a questão seja tratada pela empresa estadual com a maior transparência possível e que sejam fechados planos de contingência para superar a crise.

“Esse preparo não significa preparar suspendendo aulas. É preparar para que as escolas tenham água”, acrescenta Callegari. “Esperamos que nenhuma escola tenha que passar por isso, de voltar as crianças para casa ou interromper as aulas. Estamos chegando no final do ano letivo, é um momento de avaliações, fechamento do ano.”


Rede Brasil Atual - 20/10/2014

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