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Mundo insiste no fim do embargo dos EUA a Cuba

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Resolução foi aprovada na assembleia geral da ONU com 188 dos 193 votos possíveis. Apenas Israel e os próprios norte-americanos votaram contra o documento
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São Paulo - A assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU) voltou a pedir nesta terça-feira 28, por ampla maioria, o fim do embargo econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos há 52 anos. A resolução foi aprovada por 188 votos, incluindo o Brasil, a 2 e 3 abstenções. Os Estados Unidos e Israel votaram contra. As abstenções foram das Ilhas Marshall, a República de Palau e os Estados Federados da Micronésia.

Com 193 estados-membros, o órgão plenário das Nações Unidas adotou a resolução pela primeira vez em 1992. A votação desta terça-feira foi a 23ª consecutiva.

O embargo econômico contra Cuba foi imposto pelos Estados Unidos em 1962, depois do fracasso da invasão da ilha para derrubar o regime de Fidel Castro em 1961. O bloqueio mantém-se em vigor, mesmo depois de o presidente norte-americano Barack Obama ter- se manifestado pela abertura no início de seu primeiro mandato.

Em Lisboa, a embaixadora de Cuba em Portugal, Johana Tablada de La Torre Lisboa, disse que a resolução aprovada hoje na ONU confirma a condenação internacional de uma "política injusta" e atualmente contestada pela sociedade norte-americana. "É um dia importante", disse a embaixadora. "Estamos em um ponto em que é quase impossível manter essa política por muito tempo", acrescentou Johana. Para ela, o tempo é de mudança, e os Estados Unidos têm de ouvir a comunidade internacional, inclusive a voz de sua sociedade.

A embaixadora destacou ainda que os norte-americanos começam a ter a percepção das mudanças que ocorrem em Cuba. "Os Estados Unidos veem que o país segue em frente com mudanças importantes na estrutura econômica para desenvolver-se de maneira próspera e sustentável. E com novas leis de investimento, com oportunidades de participação de outros países", concluiu.


Agência Brasil - 29/10/2014

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