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CPI cobra Sabesp sobre operação abafa

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Presidenta Dilma Pena deve responder requerimento de informação e pode ser convocada novamente. Promotor público aventa hipótese de prevaricação e improbidade administrativa e pede investigação
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São Paulo - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de São Paulo que investiga a crise hídrica no estado, aprovou na quarta 29 requerimento de informação para que a presidenta da Sabesp esclareça quem seriam os 'superiores' que teriam barrado ações que visavam a orientar a população a economizar água. A informação consta em áudio vazado de uma reunião da diretoria da empresa.

A comissão optou por fazer a interpelação por ofício, mas não descarta nova convocação da dirigente a partir da resposta ao requerimento.

O presidente da comissão, Laércio Benko (PHS), afirmou que a situação relatada no vazamento, restaria a presidenta Dilma Pena três opções: não executar as determinações superiores e fazer o que avalia ser correto, denunciar seus superiores ou pedir demissão.

Na sexta-feira 24, o jornalista Renato Rovai publicou em seu blogue o aúdio vazado de uma reunião da diretoria da Sabesp em que a presidenta da empresa, Dilma Pena, admite que a população deveria ter sido comunicada da crise hídrica, que não foi feita segundo orientações 'superiores'.

Estava também presente na reunião o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, que fez soar o alarme: "Saiam de São Paulo, porque aqui não tem água, não vai ter água pra banho, pra limpeza da casa, quem puder compra garrafa, água mineral. Quem não puder, vai tomar banho na casa da mãe lá em Santos, Ubatuba, Águas de São Pedro, sei lá, aqui não vai ter.”

O promotor de habitação e urbanismo do Ministério Público Estadual, Mauricio Ribeiro Lopes, presente à CPI como convidado, afirmou que do ponto de vista jurídico é possível instalar inquérito para investigar o caso, medida que cabe aos seus colegas procuradores do patrimônio público e social. "Diante de uma ordem como essa, haveria não apenas a prática de um ato de prevaricação mas até de eventual improbidade administrativa", analisou.


Rede Brasil Atual - 29/10/2014

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