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Juros do cheque especial passam de 183%

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Taxa bate recorde e está entre as maiores já cobradas pelos bancos em mais de 15 anos
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São Paulo – Os juros médios cobrados pelos bancos no cheque especial chegaram ao maior valor em mais de 15 anos: 183,28% ao ano. O aumento foi de 10,5 pontos percentuais em relação a agosto (172,8%) e de 40 pontos em comparação com setembro de 2013 (143,23%). Em abril de 1999 a taxa foi de 193,7% e de lá para cá nunca mais chegou a um patamar tão alto. 
O relatório do Banco Central foi divulgado na quinta-feira  30, um dia depois de o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, elevar a taxa básica de juros (Selic) de 11% para 11,25% ao ano.

“Ano a ano, os bancos se aproveitam das altas da Selic para elevar os juros. Mas não há queda proporcional sobre o que cobram dos clientes quando a taxa básica cai”, critica a secretária-geral do Sindicato, Ivone Maria da Silva. “Além disso, a alta da Selic pode comprometer a expectativa de crescimento da economia brasileira.”
A inadimplência do sistema financeiro correspondente às operações com atrasos superiores a noventa dias, diminuiu 0,1 p.p. no mês e 0,3 p.p, em doze meses, situando-se em 3%. “Mais um dado que comprova não haver razão para o setor cobrar juros tão altos”, completa Ivone.
Crédito – A relação entre o crédito e o Produto Interno Bruto no país (relação crédito/PIB) atingiu 57,2%, ante 56,7% em agosto e 55% em setembro de 2013. Este número é importante porque indica que há mais dinheiro disponível no país para empréstimo e investimento no setor produtivo.

Ainda segundo o BC, o saldo total das operações de crédito, incluindo recursos livres e direcionados, totalizou R$ 2,901 trilhões, com variação de 11,7% em doze meses. No saldo por modalidade, destaques para o crédito imobiliário e rural que cresceram em pessoa jurídica (32% e 22% em doze meses, respectivamente) e em pessoa física (27,4% e 27%, respectivamente).

Os bancos públicos ainda mantêm a evolução do saldo de crédito do sistema financeiro nacional: crescimento de 17,3% em doze meses. Nos bancos privados nacionais e estrangeiros, a expansão foi de apenas 6,4% e 4,8%, respectivamente.

Redação - 27/10/2014
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