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HSBC cessa demissões após luta dos trabalhadores

Linha fina
Representantes do banco britânico garantem que processo de desligamento está suspenso até o fim do ano; bancários dispensados conseguem garantia de convênio de saúde e vale-alimentação por mais três meses além do período previsto na CCT
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São Paulo – Representantes do HSBC garantiram que as demissões no banco britânico serão interrompidas até 31 de dezembro de 2014. Também negaram que a onda de cortes atingirá 20% do quadro de funcionários e afirmaram que o banco seguirá investindo no país. Os anúncios foram feitos durante negociação com dirigentes sindicais na terça-feira 18 para discutir a situação dos bancários envolvidos nas dispensas ocorridas nas últimas semanas.

Os funcionários cortados terão garantida a prorrogação do vale-alimentação e também do convênio de saúde por mais três meses além do período estabelecido na Convenção Coletiva de Trabalho. “Consideramos essa medida positiva, pois isso encarecerá eventuais futuras demissões”, avalia a diretora do Sindicato Liliane Fiuza.

A direção do HSBC já havia se comprometido a rever as demissões injustas de bancários com problemas graves de saúde (doenças ocupacionais, Aids, Câncer) e em período de estabilidade pré-aposentadoria. O Sindicato já está mapeando todos os casos e vai orientar esses bancários.

Mobilização e luta – A interrupção do processo de demissão em massa e as garantias de direitos para os funcionários desligados foram arrancadas após intensa mobilização dos trabalhadores. No dia 7 de novembro, uma das principais concentrações do HSBC, o Centro Administrativo São Paulo (Casp), teve as atividades paralisadas como resposta às demissões de diversos trabalhadores em todo o país.

Três dias depois, na segunda-feira 10, diversos centros administrativos e dezenas de agências por todo o país foram paralisados em protesto contra a reestruturação. Na quarta 12, quinto dia de mobilização, os trabalhadores conseguiram a primeira mesa de negociação. Na rodada realizada na sexta-feira 14, os representantes dos sindicatos de São Paulo, de Curitiba e da Contraf-CUT conseguiram garantir da direção do banco a revisão das demissões de afastados por problemas de saúde, grávidas e trabalhadores na pré-aposentadoria.

“O movimento sindical vai continuar acompanhando a questão e atento ao que foi acordado. Sempre prezamos pelo diálogo, mas, como já demonstrado pelos trabalhadores, estamos mobilizados para lutar por nossos empregos e direitos”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Ivone Maria.


Rodolfo Wrolli – 18/11/2014

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