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Empregados cobram soluções da Caixa Federal

Linha fina
Reivindicações dos supervisores de canais, dos empregados da Gipso e outras áreas que passam por restruturação foram debatidas com banco
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São Paulo – A mesa de negociação permanente com a Caixa Federal foi marcada por uma série de reivindicações da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) para melhorar as condições do trabalho. A reunião ocorreu na sexta 28 e tratou de questões dos supervisores de canais, reestruturação e promoção por mérito.

A CEE deixou claro que os empregados da Gipso (Gerência de Programas Sociais) não podem ser prejudicados com a reestruturação que ocorre no setor e cobraram a manutenção da comissão dos trabalhadores que quiserem permanecer em suas cidades.

A Caixa disse que essa mudança fica a cargo dos chamados agentes de realocação das Gipes (Gerência de Pessoas) regional e que a orientação da instituição é que os bancários sejam mantidos em seus municípios, inclusive sendo transferidos para agência na mesma cidade quando não houver vagas nas áreas meio. Além disso, afirma que no caso de transferência foram dadas todas as garantias e respaldo para o trabalhador.

“Denunciamos que esse processo, em muitos lugares, está sendo traumático com ameaças do tipo ou aceita a transferência ou reduz o salário”, disse o integrante da CEE Dionísio Reis.

Os negociadores da Caixa afirmaram que irão apurar todas as denúncias. Assim, caso esteja vivendo esse tipo de problema o empregado deve entrar em contato com o Sindicato pelo 3188-5200 ou mandar mensagem por meio do Fale Conosco (escolha o setor "site").

Gerentes de projetos – Na reunião foi cobrado que os gerentes de projetos especiais também tenham acesso ao Sipon (Sistema de Ponto) como os demais integrantes da gerência média. A Caixa não se posicionou a respeito.

Supervisor de canais – Os negociadores do banco frustraram as expectativas dos dirigentes ao não apresentarem proposta para a situação dos supervisores de canais. Esses trabalhadores têm gastos elevados com combustível para dar conta da demanda de agências e correspondentes bancários e habitacionais, e ainda cumprirem as metas de visitação impostas pela empresa.

Nesse caso, os representantes dos trabalhadores reivindicam que a Caixa arque com as despesas para que o empregado não tenha de pagar para trabalhar.

Em resposta, a instituição informou que aumentou o número de empregados nessa função e que há dotação de recursos nas Superintendências Regionais, que também dispõem de dois automóveis. “Esses recursos são das SRs e não dos supervisores. Além disso, eles não têm acesso a esse dinheiro nem aos carros, pois são subordinados a uma agência. Assim, como cuidam de até três unidades, algumas em bairros e até municípios distintos, pagam combustível do próprio bolso. A situação chegou a tal ponto que muita gente quer deixar a função”, relata Dionísio.

Promoção por mérito – No encontro foi definido que a comissão paritária –formada por representantes dos trabalhadores e do banco para discutir critérios da promoção por mérito de 2015 – se reunirá na segunda quinzena de janeiro. A conclusão dos debates deve ocorrer até fevereiro.

Falha no sistema – Os dirigentes cobraram, ainda, esclarecimentos sobre os problemas no sistema da instituição nos dias 6 e 7 de novembro, e sobre a migração de dados nos dias 15 e 16 de novembro, quando gerentes-gerais tiveram de ficar à disposição da Caixa para eventualidades.

Segundo o banco, nos dias 6 e 7 foram pagas horas extras com incidência de 100%. E ficaram de averiguar se o mesmo foi feito nos dias 15 e 16. Também disseram que as falhas não trouxeram prejuízos aos clientes. “A Caixa deve pagar o sobreaviso aos trabalhadores que passaram o fim de semana de prontidão, inclusive disponíveis em aplicativos de mensagens aguardando orientação da chefia”, ressalta Dionísio.

Saúde Caixa – Os integrantes da CEE protestaram contra a postura desrespeitosa do banco público nas negociações do Grupo de Trabalho e nas reuniões com o Conselho de Usuários do Saúde Caixa.

E reivindicaram que fosse apresentado o balanço completo do Saúde Caixa – o que não ocorre desde 2009 –, para que os debates de utilização de superávit possam evoluir favoravelmente aos participantes.

Os representantes do banco reafirmaram o compromisso de discutir solução para a destinação do superávit até 15 de dezembro.


Jair Rosa – 28/11/2014

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