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Metas: dirigentes cobram efetividade dos bancos

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Novo item de cláusula da CCT determina que cobrança seja feita com equilíbrio e respeito. Primeira mesa de negociação com a Fenaban sobre o tema foi na quinta 4
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São Paulo – A cobrança de metas foi o centro dos debates entre representantes dos trabalhadores e da federação dos bancos (Fenaban) na mesa temática que trata de saúde. A reunião foi realizada na quinta-feira 4.

Os dirigentes sindicais cobraram efetividade dos bancos sobre o que está determinado no item “d” da cláusula 56ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que estabelece: “Comprometimento dos bancos para que o monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho”. O item é conquista da Campanha Nacional Unificada 2014.

“Cobramos da Fenaban que haja mais disposição das instituições financeiras para a criação de mecanismos que coloquem em prática o que determina a nova cláusula”, afirma o secretário de Saúde do Sindicato, Dionísio Reis, citando que os funcionários do Santander recentemente conquistaram dispositivo nesse sentido em seu acordo aditivo. “As demais empresas têm condições de fazer o mesmo.”

> Acordo aditivo com Santander está assinado

A Fenaban se comprometeu a debater o assunto internamente e dará retorno em fevereiro de 2015, quando ocorrerá nova reunião da mesa temática de saúde.

Campanhas-relâmpago – Os representantes dos trabalhadores cobraram também o fim das chamadas campanhas-relâmpago, a famigerada “meta do dia”, que surge de uma hora para outra, com a cobrança de vender determinado produto independentemente do que estava estabelecido para o empregado naquele mês. Também questionaram o fato de essas mudanças acontecerem sem que haja qualquer consulta ao trabalhador. Os interlocutores da Fenaban responderam que essa política é determinada conforme a gestão de cada instituição.

“Deixamos claro que queremos, sim, discutir essas gestões por entendermos que elas são as grandes responsáveis pelo adoecimento na categoria”, reforça Dionísio. A Fenaban ficou de analisar a questão e se comprometeu em retomar o debate.

Combate ao assédio moral – Os dados sobre as denúncias encaminhadas por meio do instrumento de combate ao assédio moral serão divulgados pela Fenaban apenas na reunião de fevereiro. A justificativa dos bancos é de que aguardarão o fechamento do segundo semestre de 2014 para apresentar informações completas.

Nesse ponto, os dirigentes cobraram que as justificativas sejam detalhadas em relação às denúncias dos trabalhadores. “Normalmente vem resposta padrão ou que a queixa foi acatada ‘parcialmente’”, informa Dionísio. Os bancos ficaram de analisar a reivindicação.

De acordo com a Fenaban, conforme a gravidade do assunto, o assediador tem como penalidade: advertência, transferência, perda de comissão ou a dispensa.


Jair Rosa – 5/12/2014
 
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