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Santander muda prestadoras e terceirizados penam

Linha fina
Prestadoras de serviço como segurança e gestão predial serão substituídas e funcionários estão sendo coagidos a abrir mão de direitos trabalhistas; motofretistas terão aumento da carga de trabalho
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São Paulo – O Santander iniciou processo de substituição das empresas prestadoras de serviços como segurança, gestão predial e recepcionistas. Além disso, a empresa de motofrete Disk Entregas promoverá aumento significativo na carga horária de trabalho dos seus funcionários. Essas alterações estão implicando em uma série de problemas aos trabalhadores terceirizados.

Segundo denúncias, os funcionários das empresas Gocil (segurança) e Concremat (administração predial) estão sendo induzidos a pedir demissão para serem recontratados pela Haganá e Cushman, respectivamente, que assumirão a partir de janeiro de 2015. Ao menos 18 já se desligaram e com isso perderam direitos trabalhistas como verbas rescisórias e bloqueio do FGTS por cinco anos.

Cobrado pelo Sindicato, o Santander alegou que proibiu as terceirizadas de continuar ameaçando os funcionários para que peçam demissão ou para que não entrem com ações judiciais. Os trabalhadores terceirizados que se sentirem pressionados ou coagidos devem denunciar ao Sindicato pelo 3188-5200.

“Estamos falando de centenas de trabalhadores, pais e mães de família, que serão afetados com a troca dessas empresas, processo que visa entre, outras coisas, redução de custo para o Santander”, critica a dirigente sindical Lucimara Malaquias.

Já a empresa de motofrete Disk Entregas deverá permanecer como prestadora do banco espanhol, porém seus funcionários sofrerão aumento na carga horária. Segundo Lucimara, essa mudança colocará em risco a segurança destes trabalhadores.

A diretora executiva do Sindicato Maria Rosani lembra que o Sindicato trava há anos uma grande luta contra a terceirização. “Esse caso demonstra de forma muito clara a precarização das relações de trabalho implicadas nesse tipo de regime contratual. De uma hora para outra muda a empresa prestadora de serviços e os trabalhadores se veem em meio a essa vulnerabilidade, tendo de abrir mão de seus direitos porque dependem dos seus empregos.”

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Rodolfo Wrolli – 10/12/2014
 
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