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Para Sindicato, Caixa é forte como banco público

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Representação dos bancários acredita que possibilidade de abertura de capital pode comprometer desempenho da instituição federal
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São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff afirmou pretender abrir o capital da Caixa Econômica Federal. A informação foi divulgada pela primeira vez pelo jornal Folha de S.Paulo, no domingo 21, e confirmada pela presidenta em café da manhã com jornalistas na segunda-feira 22. De acordo com a Folha, a oferta pública inicial de ações na bolsa de valores seria feita em um ano e meio. Dilma disse que o processo é demorado.

Para o Sindicato, a proposta é um erro. “Foi o fato de a Caixa ser um banco 100% público que garantiu velocidade nas políticas anticíclicas que ajudar a enfrentar a crise desde 2008”, ressalta a presidenta da entidade, Juvandia Moreira. “A instituição federal saiu na frente ofertando crédito que ajudou a estruturar a economia, coisa que a lógica de mercado não permite. Isso ficou evidente diante da falta de agilidade de outras instituições, mesmo públicas, que mantêm ações na bolsa.”

Dionísio Reis, empregado da Caixa e dirigente do Sindicato, lembra que foi agindo assim, de forma eficiente e como indutora do financiamento para o desenvolvimento do país, que a Caixa cresceu nos últimos anos e se tornou a terceira maior instituição em ativos total no país – atrás do Banco do Brasil e do Itaú.

Entre 2008 e 2013, a carteira de crédito aumentou 517% (de R$ 80,1 bi para R$ 494,2 bi), o lucro líquido subiu 72% (de R$ 3,9 bi para R$ 6,7 bi), as agências saltaram de 2.074 para 3.288 e o número de funcionários de 78.175 para 98.198. “São números que comprovam: mesmo pela ótica do mercado a Caixa vai muito bem sem abertura de capital”, reforça o dirigente, destacando a função social do banco federal.

“Os programas de transferência de renda destinados à emancipação financeira e à erradicação da pobreza da população em situação de vulnerabilidade social distribuíram cerca de R$ 26,5 bilhões em 2013, totalizando 181,2 milhões de benefícios pagos. Somente o Bolsa Família, que completou dez anos de existência em 2013, pagou cerca de 159,7 milhões de benefícios ou R$ 24 bilhões, alta de 18,2% em relação aos valores pagos em 2012. Em relação aos programas voltados ao trabalhador, foram pagos, no ano, 169 milhões de benefícios. Que banco privado estaria voltado a esse tipo de serviço tão essencial à sociedade”, questiona Dionísio.


Cláudia Motta - 23/12/2014

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