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Release: Nota de repúdio ao banco Santander

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Publicado 10/06/2020

 

Repudiamos as demissões ocorridas no banco Santander Brasil  durante a pandemia de Coronavírus (covid19). 

Em mais uma demonstração de alinhamento com as políticas do governo fascista do presidente Jair Bolsonaro, o Santander tornou-se o primeiro banco no Brasil a demitir trabalhadores sem justa causa durante a pandemia. Desde o dia 05 de junho, o banco dispensou ao menos 28 trabalhadores no país, descumprindo o compromisso público que havia assumido em interromper desligamentos durante esse período.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região tem recebido denúncias de demissões injustificadas, com o desligamento de trabalhadores que neste momento precisavam de apoio e respeito. 

Em março, o Santander se comprometeu publicamente em mesa de negociação com o movimento sindical em suspender as demissões que poderiam estar em andamento e a não demitir enquanto a pandemia perdurar no país. Assim como o banco, as duas outras maiores instituições financeiras privadas do país (Bradesco e Itaú) também se comprometeram a não demitir e a manter as regras sanitárias nos locais de trabalho e a permanência do maior número de trabalhadores em home office. 

Não há justificativa para o comportamento do banco, que apresentou lucro de 3,8 bilhões de reais, nos primeiros três meses do ano, alta de 10,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro obtido no Brasil representou 29% do lucro global que foi de € 331 milhões (com queda de 82% no período, após um provisionamento de € 1,600 milhões em função da pandemia da COVID-19). Além disso, o Governo Federal brasileiro liberou aos bancos mais de R$ 1 trilhão, o que desmente a justificativa do Santander em demitir por conta de ajuste econômico gerado pela crise.

O desrespeito do banco não é somente com o trabalhador, mas toda a sociedade brasileira. As práticas antissindicais do banco se tornaram frequentes. Recentemente, um jornal de grande circulação no país (Folha de São Paulo) publicou declarações de Igor Puga (que responde pelo marketing do banco no Brasil) criticado, em um grupo de WhatsApp, o Sindicato por estar “forçando a barra”, pois a entidade questionou a decisão irresponsável do Santander de promover o retorno ao trabalho presencial de bancários em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Ele ainda teria chamado de “oportunistas” trabalhadores oriundos do Banespa e do Real que “querem ser mandados embora” para receber grandes indenizações.

Na Espanha, o Santander tem agido de forma totalmente diferente, o que nos deixa claro que por aqui a direção optou em se alinhar com um governo equivocado e genocida, na tentativa de enfraquecer as quarentenas e de prejudicar os trabalhadores.

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