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Chapéu
Gestão 2020/2023

Nova diretoria do Sindicato dos Bancários de São Paulo toma posse

Linha fina
Encabeçada por Ivone Silva, que foi reeleita presidenta da entidade, diretoria à frente muitos desafios, mas reafirma compromisso de luta pelos direitos dos bancários, da classe trabalhadora em geral, pela democracia e por uma sociedade mais justa
Imagem Destaque
Arte: Fabiana Tamashiro/Seeb-SP

Tomou posse na noite desta segunda-feira 6, a nova diretoria do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, que comandará a entidade no triênio 2020/2023. A cerimônia foi por meio de videoconferência, por causa da necessidade de isolamento social diante da pandemia de coronavírus. A Chapa 1, formada por dirigentes da CUT, CTB e Intersindical, foi eleita com 94,43% dos votos válidos. A eleição, entre os dias 1º e 5 de junho, também foi realizada de forma virtual, devido à pandemia.

 

 

Reeleita presidenta do Sindicato, a bancária Ivone Silva agradeceu mais uma vez o amplo apoio dos trabalhadores e ressaltou que a vitória mostrou a confiança da categoria na gestão da entidade e na forma como está sendo conduzida a luta pelos direitos da categoria. Ela destacou ainda os desafios dos próximos três anos. “Estamos vivendo uma conjuntura adversa aos trabalhadores, que foi agravada com a eleição de um governo ultra liberal, antidemocrático e sem nenhum compromisso com o bem estar da maioria da população nem com a soberania nacional. Diante disso, reafirmamos nossa disposição de lutar pela manutenção dos direitos da categoria bancária, conquistados ao longo de décadas de mobilização; de lutar pelos direitos da classe trabalhadora como um todo, ameaçados por reformas já aprovadas e tentativas ainda em curso; pela democracia do país e por uma sociedade mais justa e igualitária”, disse a dirigente.

Ivone Silva fala da reeleição e dos desafios do novo mandato

Ivone frisou que a atual gestão irá manter a luta em defesa dos empregos e da jornada dos bancários, bem como por condições de trabalho dignas no teletrabalho, adotado acertadamente durante a pandemia, mas que os bancos querem utilizar de forma definitiva para conter gastos. “Nossa mobilização garantiu que mais de metade dos bancários em todo o país trabalhassem em regime de home office durante a pandemia, como forma de se proteger e de contribuir para o necessário isolamento social. Mas não vamos aceitar que os bancos adotem definitivamente o home office sem garantias e direitos para os bancários, como respeito à jornada e condições dignas de trabalho.”

A dirigente também ressaltou que outro ponto fundamental, assim como nos anos anteriores, será a defesa da bancos públicos, ameaçados pelo atual governo, e das empresas públicas, fundamentais para a produção de riqueza e para a soberania do país.

E lembrou que este ano os bancários farão uma nova Campanha Nacional, para a renovação de sua Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). “Firmamos em 2018 um acordo acertado de dois anos, que garantiu nossa CCT em um cenário difícil para a classe trabalhadora e nos deu fôlego para organizar a luta em 2019. Agora estamos nos preparando para sentar novamente à mesa com a Fenaban para negociar nossos direitos. A Campanha Nacional 2020 já começou com a consulta, a conferência estadual e em breve haverá a Conferência Nacional [17 e 18 de julho] que aprovará nossa pauta de reivindicações a ser apresentada aos bancos. A conjuntura continua extremamente desfavorável e agravada pela pandemia. Por isso devemos estar mais do que nunca atentos, unidos e dispostos para a luta”, destaca.

Veja os compromissos da gestão 2020/2023:

- defesa dos empregos e mais contratações

- defesa da CCT da categoria, nenhum direito a menos

- defesa dos bancos públicos

- defesa das condições de saúde, segurança, trabalho dignas dos bancários durante e pós pandemia de Covid-19

- combate às metas abusivas, ao assédio moral e a qualquer outra forma de assédio no ambiente de trabalho

- respeito à jornada de trabalho

- organização dos trabalhadores no ramo financeiro para combater a precarização do contrato de trabalho no setor

- auxílio-educação em todos os bancos

- plano de cargos, carreira e salários justo e democrático

- manutenção do plano de saúde na aposentadoria

- defesa de fundos de pensão em todos os bancos

- acompanhar as mudanças tecnológicas que impactarão na organização do trabalho no futuro: agências digitais, teletrabalho e outros

- igualdade de oportunidades: combate a toda forma de discriminação no local de trabalho

- combate a toda forma de violência contra as mulheres

- defesa da liberdade de organização no local de trabalho e combate a práticas antissindicais

- defesa da democracia, dos direitos sociais e constitucionais, do Estado Democrático de Direito e da liberdade de expressão

- defesa da soberania nacional e das empresas públicas para geração de riqueza para o país

- defesa de um projeto de desenvolvimento econômico e social em que o Estado volte a investir na geração de emprego decente e geração de renda, em educação pública e de qualidade, no fortalecimento do SUS para garantir atendimento e prevenção de epidemia e pandemias como a que estamos enfrentando

- manter o investimento na comunicação dos bancários e bancárias para ampliar cada vez mais nossa organização

- manter o investimento em cursos livres para contribuir com a formação da categoria e da sociedade

- defesa de uma tributação justa e progressiva, onde as grandes fortunas paguem mais e os trabalhadores paguem menos impostos

- resistência a todos os ataques vindos das reformas promovidas pelos últimos governos que retiram direitos dos trabalhadores


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