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Chapéu
Ivone Silva

Transtornos mentais: uma epidemia na categoria bancária

Linha fina
A presidenta do Sindicato, em artigo publicado no Brasil 247, denuncia que os bancos estão entre as empresas que mais adoecem os trabalhadores
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Foto: Portal Saúde no Ar

O artigo da presidenta do Sindicato dos Bancários, Ivone Silva, publicado no portal Brasil 247, mostra que os bancos estão entre as empresas com maior risco de acidente de trabalho ou de doença ocupacional no Brasil. A presidenta comenta ainda que embora eles sejam responsáveis por apenas 1,1% do estoque de empregos formais, os bancos responderam por 4,71% do total de afastamentos por doença no país entre 2012 e 2017.

Leia a íntegra abaixo:

Transtornos mentais: uma epidemia na categoria bancária

Os bancos se enquadram entre as empresas com maior risco de acidente de trabalho ou doença ocupacional no Brasil. Eles são responsáveis por apenas 1,1% do estoque de empregos formais no Brasil, e, no entanto, responderam por 4,71% do total de afastamentos por doença no país entre 2012 e 2017, ou seja, há uma desproporção entre o peso dos bancos na estrutura de emprego do país e no total de afastamentos por doença relacionada ao trabalho.

De acordo com dados no INSS, as instituições financeiras são o setor econômico responsável pelo maior volume de gastos com benefícios acidentários. Totalizaram 5,73% do total de gastos entre 2012 e 2017, seguido pelos setores de Transporte rodoviário de carga com 4,04%, Administração Pública em Geral com 3,81%, Construção de edifícios com 3,77%, etc.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) também traz dados relevantes: 21,20% do total de afastados por transtornos depressivos recorrentes no país são da categoria bancária. Se antes a maior causa de afastamentos eram lesões por esforço repetitivo, desde 2013 transtornos mentais e comportamentais ultrapassaram as LER/Dort e se mantiveram como as enfermidades com maior incidência na categoria bancária. Isso evidencia o quanto a política de gestão dos bancos, focada na cobrança abusiva de metas, assédio moral, competição e sobrecarga adoece o bancário.

Durante a negociação da Campanha Nacional Unificada dos bancários, os bancos não apresentaram propostas para o combate às metas abusivas. Esse é um tema central para o trabalhador, e toda a população já que o adoecimento se tornou uma epidemia na categoria.

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