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Funcionários cobram do BB negociação sobre Cassi

Linha fina
Sindicato não aceita imposição de mudanças e esclarece que aumento de contribuição só pode ocorrer com aprovação em consulta pelos participantes da Caixa de Assistência
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São Paulo – O Sindicato cobra que a direção do Banco do Brasil marque reunião para discutir a situação deficitária da Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi), a qual é responsável pela manutenção de serviços médicos e hospitalares de cerca de 800 mil pessoas em todo o país, entre bancários da ativa, aposentados e respectivos dependentes. A instituição ainda não se posicionou sobre a reivindicação.

O encontro é exigido desde o final do ano passado, quando surgiram notícias de que o banco pretende elevar em 50% a contribuição mensal dos assistidos para o custeio da Cassi, dos atuais 3% para 4,5%, e aumentar o valor das coparticipações.

“O déficit para 2015 deve chegar a R$ 200 milhões. O problema de fato é grave, mas para solucioná-lo o BB, que é copatrocinador da Cassi, quer que essa conta seja paga apenas pelos trabalhadores”, diz o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi, explicando que o estatuto veta qualquer mudança unilateral nas contribuições. “O percentual é definido em estatuto. Uma mudança como essa requer alteração nesse documento que só pode ocorrer com a anuência da maioria dos participantes em consulta em todo o país.”

Reação – O Sindicato tem mobilizado os empregados para impedir que o banco leve adiante sua proposta. Além de realizar protesto, organiza reuniões em locais de trabalho e em associações de representação do funcionalismo.

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Uma delas ocorreu em 9 de fevereiro, em Brasília, e reuniu 103 dirigentes representando 63 entidades de funcionários da ativa e de aposentados. Na ocasião, os diretores eleitos da Cassi William Mendes e Mirian Focchi – que se opõem às medidas do banco – apresentaram propostas para buscar solução à situação financeira da entidade. Entre elas, o aumento do aporte por parte do Banco do Brasil e a adoção do Sistema de Saúde Integrado, no qual o foco é a manutenção da saúde e não o tratamento da doença.

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“Esse modelo, adotado com sucesso em países como Inglaterra e Canadá, possibilita o atendimento melhor a custo menor, pois é baseado na proposta de saúde da família. Ou seja, a pessoa tem acompanhamento constante com a adoção de medidas preventivas, o que diminui a quantidade de internações e de exames muitas vezes desnecessários. Custo menor, qualidade melhor são essenciais tanto para a saúde financeira da Cassi quanto para o serviço oferecido aos trabalhadores”, conclui Ernesto Izumi.


Jair Rosa – 19/02/2015
 
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