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Fechado acordo sobre merecimento com a Caixa

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Representantes dos empregados e da direção do banco bateram martelo sobre critérios para promoção. Em reunião, dirigentes sindicais voltaram a cobrar mais contratações
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São Paulo – Estão finalizados os debates sobre os critérios objetivos e subjetivos para a promoção por merecimento dos trabalhadores da Caixa Federal. Em reunião realizada na terça 31, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) aceitou a proposta apresentada pela direção do banco público que garante um Delta (2,39% de reajuste) no PCS (Plano de Cargos e Salários) ao trabalhador que atingir 40 pontos na soma dos dois parâmetros.

“O modelo contempla o que foi debatido nas quatro reuniões da comissão paritária e propicia que grande parte dos bancários consiga a pontuação necessária para ter um Delta. Por isso aceitamos”, afirma o diretor executivo do Sindicato e integrante da CEE, Dionísio Reis. “Agora resta à Caixa fazer as alterações em seus normativos para que passe a vigorar. Cobramos que isso ocorra o quanto antes.”

> Mais avanços nos debates sobre promoção

Critérios objetivos – Nos critérios objetivos serão contabilizados 20 pontos pela conclusão de 30 horas anuais de módulos da Universidade Caixa, cinco a quem fizer o exame médico periódico e outros 15 pontos para a frequência medida pelo Sipon. 

“Nosso acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho assegura que o empregado tem direito a seis horas ao mês, dentro da jornada, para fazer os cursos da Universidade. Os trabalhadores devem denunciar se isso não estiver sendo respeitado”, orienta Dionísio.

Também haverá uma bonificação extra (que pode chegar a dez pontos) para frequência de cursos por iniciativa própria.

Critérios subjetivos – O parâmetro subjetivo corresponderá a 20 pontos. Nesse caso, os empregados da unidade indicarão de duas a oito pessoas que preencham os requisitos: iniciativa, contribuição para a solução de problemas no ambiente de trabalho, colaboração com a equipe e bom relacionamento com os colegas do setor.
Dionísio Reis explica que embora com 40 pontos o empregado já tenha direito à promoção, os critérios subjetivos auxiliam na contabilização para que o trabalhador concorra a um segundo Delta.

Mais contratações – Sobre a ampliação do número de trabalhadores por unidade, a CEE reforçou que cerca de 2 mil pessoas se inscreveram para deixar a instituição por meio do PAA (Plano de Apoio à Aposentadoria) e que essa evasão deve comprometer ainda mais as condições de trabalho.

Em resposta, os negociadores do banco público apresentaram dados, nos quais constam que de 1º de janeiro a 28 de fevereiro deste ano ocorreram 146 desligamentos e 417 contratações.

Os dirigentes sindicais rebateram a argumentação, apontando que há unidades com bancários extrapolando a jornada constantemente e que a tendência é piorar se não forem tomadas medidas urgentes. “Deixamos claro que tínhamos informações de que a Caixa não contratou ninguém em março e fará o mesmo em abril. Isso é um erro enorme de planejamento, pois para de contratar justamente quando os funcionários saem pelo PAA ou para outras empresas”, destaca.

Os dirigentes sindicais reivindicaram que nas próximas reuniões a Caixa apresente um cronograma de contratações e que também acabe com a dotação orçamentária imposta às agências. “Isso impõe uma economia de gastos pela unidade que os bancários não têm como fazer. Se trabalham a mais têm de receber horas extras. Mas se isso for computado, acaba estourando o orçamento do local. Apenas com mais empregados essa situação será resolvida.”    


Jair Rosa – 31/3/2015  
 

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