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Abertura da Conferência reforça união da categoria

Linha fina
Bancários destacam luta por empregos, contra a terceirização e por reformas estruturais no país, como a política, tributária e de democratização dos meios de comunicação
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São Paulo – A abertura oficial da 17ª Conferência Nacional dos Bancários, na noite de sexta-feira 31, contou com a presença de representantes das diversas centrais e tendências políticas e de federações e sindicatos de todo o país. Numa demonstração de democracia e unidade da categoria.

Fotos: galeria do 1º dia de conferência
> Vídeo: entrevista com palestrantes do dia

A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, destacou que a defesa do emprego bancário é uma das prioridades da Campanha 2015. “Hoje 50% das operações bancárias são feitas pelos próprios clientes, mesmo assim, os bancos continuam cobrando tarifas exorbitantes e juros altos”, disse.

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Ressaltou ainda que a campanha é também um momento importante para debater a terceirização, que ameaça empregos, direitos e a própria organização sindical dos trabalhadores. O projeto de lei da terceirização (originalmente PL 4330/2004) foi aprovado pela Câmara e agora tramita no Senado como PLC 30/2015. “É também um momento importante para discutir reformas fundamentais para o país, como a política e a tributária, a democratização dos meios de comunicação, hoje nas mãos de apenas seis famílias. Não podemos deixar de fazer esses debates”, defendeu.

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Segundo Juvandia, o país vive hoje um momento de recrudescimento de valores da direita e de disseminação do ódio. “A elite é preconceituosa, não gosta de ver trabalhador em avião, comprando carro. E nós do movimento sindical incomodamos porque lutamos por uma sociedade igualitária. E seremos sempre combatidos por quem quer manter o status quo. Mas vale a pena lutar, sempre!”

O presidente da Contraf-CUT, Roberto Von der Osten, também destacou a defesa dos empregos. “Os bancários sabem que os empregos estão ameaçados pela terceirização, pela automação. Tem um grande banco sendo vendido (HSBC), e os bancários sabiamente entenderam que estão fazendo uma campanha em um momento muito difícil, mas quando será fácil fazer campanha nacional? Campanha é difícil, mas isso nunca nos desestimulou, pelo contrário, nos estimula para a luta”, afirmou.

Roberto também enfatizou a importância da unidade da categoria. “Nós teremos que reafirmar nossa unidade nacional, são 23 convenções coletivas e 11 anos de ganho real. Temos que tirar dinheiro do banqueiro e distribuir para a sociedade, temos que combater a desigualdade e distribuir oportunidades. Vamos mobilizar os trabalhadores, porque nós temos base, não somos sindicalismo de fachada, todos aqui representam milhares de trabalhadores que confiam na nossa ação, e juntos nós somos muito maiores.”

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o bancário Vagner Freitas, manifestou solidariedade à Juvandia e ao secretário-geral da CUT e ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, que segundo ele estão sendo “perseguidos pela mídia golpista”.

Vagner abordou a sanha conservadora que aflora o país e quer acabar com os movimentos sociais e sindical e com a esquerda. “Eles fazem isso porque demonstramos que temos alternativas um milhão de vezes melhor  do que eles.  Estamos sendo julgados pelos nossos acertos, que eles não admitem. Perseguem a Petrobras porque estamos despertando o interesse internacional, porque sabem que vamos consolidar a democracia para os trabalhadores com o pré-sal.”

Vagner lembrou que os movimentos sociais e sindical estão nas ruas para defender a democracia e contra qualquer tentativa de golpe, “construído pela mídia golpista e por um Congresso que não representa os trabalhadores.”

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Rede Nacional de Comunicação dos Bancários – 31/7/2015

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