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Contra demissões, CAT Itaú é paralisado novamente

Linha fina
Banco tem desligado funcionários por justa causa; ato também pressiona pela reversão de caso de cipeiro que foi mandado embora após 29 anos de casa
Imagem Destaque
São Paulo – As manifestações contra as demissões no Itaú continuaram na terça-feira 18 com mais uma paralisação no CAT (Centro Administrativo Tatuapé). Desta vez o ato iniciou às 9h, para que os trabalhadores que entram às 10h também pudessem participar.

> Fotos: galeria do protesto no CAT
> Ato por  reintegração de cipeiro demitido

“Eles adoraram, muitos nos enviaram mensagens de apoio e demostraram que estão juntos com o Sindicato nesta luta”, comentou Valeska Pincovai, diretora da entidade.

A principal reivindicação é que o banco pare com as demissões cada vez mais frequentes. Muitos funcionários estão sendo desligados após anos de trabalho com justificativas que utilizam o código de ética da instituição como base. Em um ano e meio já são mais de 3,6 mil cortes no Itaú.

Um exemplo é o caso de um bancário membro da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) do CAT, que foi demitido depois de 29 anos de trabalho, mesmo tendo sempre ótimas avaliações de performance. O Sindicato cobra a reintegração do funcionário que possui estabilidade garantida por lei por ser cipeiro. Sua atuação frente à Cipa, defendendo os colegas, teria motivado uma perseguição que levou à demissão. O assédio moral e a pressão excessiva por metas é um agravante da situação e atinge outras concentrações do banco, além do CAT e ITM.

“Queremos o fim das demissões por ”justa causa”, sem motivo, que vêm sendo usadas pelo Itaú constantemente nos últimos meses. Queremos respeito aos trabalhadores, fim do assédio moral causado pela pressão por metas nas centrais de atendimento, onde os operadores estão sofrendo com aumento de produtos que têm de atender e as vendas que são obrigados a realizar para não serem demitidos por baixa performance”, ressaltou.

Valeska reforçou que se o banco não negociar seriamente com o Sindicato, os atos terão mais inovações  e as atividades ocorrerão em todos os locais de trabalho onde o assédio e as demissões são praticadas. “Também orientamos que os bancários procurem o Sindicato em caso de retaliações, dúvidas e para fazer denúncias, o sigilo é garantido”.


Luana Arrais – 18/8/2015
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