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Sindicato contesta demissões no Itaú

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Entidade contabilizou 22 trabalhadores demitidos em agências digitais e outros 50 na área de tecnologia; banco alega que no total ocorreram 27 dispensas
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São Paulo – Mesmo com lucro líquido recorrente de R$ 18,059 bilhões nos primeiros nove meses de 2015 – resultado 20,7% superior ao registrado no mesmo período de 2014 – o Itaú segue demitindo trabalhadores. O Sindicato apurou que desde quinta-feira 12, foram dispensados cerca de 40 funcionários alocados no Centro Tecnológico e 10 do Centro Administrativo Teodoro Sampaio, ambos na capital paulista. Também foram registradas 22 demissões em agências digitais.

> Sexta-feira 13 com demissões no Itaú

Por sua vez, o Itaú alega que ocorreram 12 cortes em agências digitais e 15 no Centro Administrativo Teodoro Sampaio e Centro Tecnológico, que fazem parte da sua área de tecnologia.

“O Itaú precisa ser transparente quanto aos cortes. Por meio de denúncias, o Sindicato apurou que ocorreram cerca de 50 dispensas na área de tecnologia e outras 22 em agências digitais. Números bem diferentes daqueles comunicados pelo banco”, diz a dirigente sindical e bancária do Itaú Valeska Pincovai.

De acordo com ela, o banco afirma que quatro demissões em agências digitais foram solicitadas pelos próprios funcionários e as restantes foram motivadas por suposto desempenho insatisfatório dos afetados. “O Itaú faz uma pressão enorme pelo cumprimento de metas cada vez mais absurdas. Nesse ambiente, que favorece o assédio moral e o adoecimento, fica muito difícil para o trabalhador desempenhar adequadamente suas funções”, critica a dirigente.  

Já no caso dos cortes ocorridos no Centro Administrativo Teodoro Sampaio e Centro Tecnológico, Valeska explica que o Itaú está colocando em prática uma reestruturação da área de tecnologia, apelidada de horizontalização, na qual estão programadas ainda mais demissões.

“O Sindicato cobra que o Itaú realoque os funcionários demitidos e suspenda imediatamente os cortes, sejam eles em agências digitais ou centros administrativos. Também reivindicamos um canal de negociação e debate sobre o plano de reestruturação da área de tecnologia. O lucro crescente do Itaú torna injustificável tantas demissões”, destaca Valeska. “Caso o banco não se pronuncie e interrompa os cortes, o Sindicato irá intensificar cada vez mais as atividades nos locais de trabalho.”


Felipe Rousselet – 16/11/2015
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