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Após ocupação, alunos de Etecs terão marmitas

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Pressão com mobilização do Centro Paula Souza, de escolas e diretorias de ensino forçou governo Alckmin a adotar medida em escolas que não possuem restaurante
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São Paulo – A mobilização de estudantes secundaristas de escolas técnicas de São Paulo obteve a primeira vitória, anunciada pouco depois da reintegração de posse do Centro Paula Souza, executada pela tropa de Choque da Polícia Militar na manhã de sexta 6. Segundo o portal G1, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) cedeu à pressão para garantir alimentação nas Escolas Técnicas (Etec) que não possuem restaurante. O anúncio foi feito pelo diretor da Etec São Paulo, Nivaldo Freire, que disse que alunos de período integral passarão a receber marmitas a partir de agosto.

A página O Mal Educado, mantida por estudantes, comemorou a decisão como sendo a segunda vitória dos secundaristas contra o governo de Alckmin, que no ano passado anunciou publicamente a desistência da chamada reorganização do ensino devido às mobilizações estudantis.

As marmitas serão distribuídas nas Etecs que não possuem restaurante, que hoje são um terço das unidades. "O pessoal do integral ou quem fica o dia todo na escola poderá optar pelo "marmitex" na hora do almoço ou as duas opções de merenda seca. Quem fica meio período continuará só com a merenda seca", afirmou Nivaldo. Será realizada uma licitação para a escolha do fornecedor dos alimentos, por isso a medida não entrará em vigor imediatamente.

A RBA procurou a assessoria do Centro Paula Souza, para confirmar a informação, mas não obteve resposta.

A Etec São Paulo está ocupada desde a segunda-feira 2. O diretor fez o anúncio aos estudantes que estavam no local. Parte dos secundaristas que deixou a ocupação do Centro Paula Souza, se dirigiu para lá e também para a diretoria de ensino Centro-Oeste, na Vila Madalena, que foi ocupada na manhã de quinta 5. De acordo com os estudantes, há 14 escolas ocupadas em São Paulo, sendo duas estaduais e 12 técnicas.

Já no Centro Paula Souza, a operação de reintegração de posse foi tensa. Os policiais militares da Tropa de Choque chegaram em cinco caminhões por volta de 5h e se postaram com armas em punho diante do edifício. Por volta de 6h20, o mandado de reintegração foi recebido pelos estudantes, que tiveram 40 minutos para sair.

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Os alunos decidiram que a retirada seria pacífica, sem reação. Os policiais, entretanto, foram truculentos. Às 7h, começaram a segurar com hostilidade os jovens que viam pela frente e arrastá-los. Foram desferidos socos, empurrões e golpes de cassetete. Parte da imprensa foi impedida de se aproximar e ficou separada por uma barreira policial.


Rede Brasil Atual - 6/5/2016
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