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Sindicato cobra postura da Caixa na reestruturação

Linha fina
Diante de rumores sobre continuidade do processo, representantes dos empregados querem posicionamento claro da direção do banco
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São Paulo – Denúncias de empregados apontam que a reestruturação segue nas Girets (gerência de retaguarda), mesmo após a Caixa divulgar documento informando a suspensão do processo. Diante das incertezas, o Sindicato cobra posicionamento claro do banco.

> Caixa responde à mobilização dos empregados

Dirigentes sindicais apuraram que empregados participaram de audioconferências nas quais foi informado que tesoureiros serão lotados nas agências. Com isso, cresce o temor de que esses bancários tenham de conciliar a responsabilidade sobre o cofre com o atendimento, o que vai prejudicar a segurança.

Segundo relatos dos trabalhadores, os processos das retaguardas serão centralizados nas duas Girets que serão mantidas: Penha e Pinheiros. As demais Girets da capital serão transformadas em Reret (representação de retaguarda de agências).

“Nas Girets continuam os boatos e as incertezas. Por isso o movimento sindical enviou ofício à direção da Caixa cobrando informações específicas sobre as alterações na retaguarda, o que será mantido e o que está sem cronograma na reestruturação”, diz Dionísio Reis, empregado da Caixa e diretor executivo do Sindicato.

PAA - Em meio às indefinições, a Caixa reabriu, a partir da segunda-feira 9, o prazo para adesão ao Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA). O período para efetivação do desligamento não foi divulgado, mas o PAA contemplará empregados que já estão aposentados pelo INSS e continuam trabalhando, e ainda os que estarão aptos a se aposentar. As condições serão as mesmas do plano realizado no início deste ano, com participação voluntária.

“A reabertura de um plano de aposentadoria em um momento em que o banco já opera com falta de empregados só vai contribuir ainda mais com a precariedade no atendimento e a sobrecarga de trabalho”, critica Dionisio Reis. “O banco deve retomar as contratações ao invés de fechar vagas se pretende voltar a crescer no mercado. Vamos intensificar a mobilização e continuar lutando para isso”, acrescenta o dirigente.

No PAA realizado em 2015, cerca de 3,2 mil empregados deixaram a Caixa. Já no Plano de Apoio à Aposentadoria deste ano, cujo prazo de adesão terminou em 31 de março, o banco estima ter desligado mais 1,5 mil.

Nas duas ocasiões, a direção do banco confirmou que não iria repor as vagas. Enquanto isso, há 30 mil aprovados no concurso público de 2014 aguardando convocação. Foi um dos maiores certames da história, com quase 1,2 milhão de inscritos. Menos de 8% aprovados foram efetivamente admitidos.


Rodolfo Wrolli, com informações da Fenae – 11/5/2016
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