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Sindicato protesta contra demissões no Itaú

Linha fina
Paralisação contou com apoio de aproximadamente 700 trabalhadores de agências da zona leste e da Central de Processamento de Serviço Administrativo
Imagem Destaque

São Paulo – Cerca de setecentos trabalhadores de onze agências localizadas na zona leste de São Paulo e da concentração CPSA, na Avenida Lins de Vasconcelos, paralisaram suas atividades em protesto contra as demissões promovidas pelo Itaú Unibanco.

> Fotos: galeria com imagens da mobilização
> Vídeo: matéria especial sobre a paralisação

A manifestação nesta quarta 9 inicia uma série de protestos que serão realizados pelo Sindicato para pressionar a direção da instituição financeira a respeitar os direitos e empregos, além de cobrar fim do assédio moral, das metas abusivas, terceirizações e também por melhores condições de trabalho.

> Leia jornal Itaunido sobre o assunto

GPSA - Os bancários da Central de Processamento de Serviço Administrativo (CPSA) responderam ao chamado e paralisaram as atividades (foto à direita). No local são cerca de 600 empregados que, durante a atividade, relataram um ambiente de pressão, insegurança e propício para doenças ocupacionais.

“É pior momento que estou vivendo dentro dos meus 20 anos de banco”, diz uma bancária que veio do Unibanco. "O ambiente é de assédio e demissão. Presenciei dispensas de colegas só por questões pessoais e até com câncer. Somos obrigados a conviver com abordagens de gestores que ficam perguntando para alguns funcionários antigos quanto tempo falta para a aposentadoria, o que deixa a entender que a demissão é uma questão de tempo”, afirma.

A funcionária tem postura crítica em relação ao banco. “Não podemos nos calar. Esses dias uma colega do departamento foi obrigada a se afastar porque não aguentava mais a pressão. Essa é política de gestão que o banco vem adotando com os funcionários e depois vive fazendo propaganda na TV para posar de instituição preocupada com o social” desabafa.

O funcionário do Itaú e diretor executivo do Sindicato Carlos Damarindo passou por vários setores do CPSA e constatou que o clima é o pior possível. “Conversamos com os trabalhadores e percebemos que existe um sentimento muito intenso de revolta", afirma. "Essa é uma da série de paralisações que vamos fazer até que o Itaú pare de demitir, terceirizar e pressionar. O principio dessa gestão é baratear a mão-de-obra para poder pagar altos bônus aos executivos”, afirma.

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Redação - 9/5/2012
(Atualizado às 14h09)

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