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Bancários do Santander protestam por avanços

Linha fina
Em todo o país, centenas de agências tiveram a abertura atrasada para pressionar o banco a aceitar inclusão de mais direitos no acordo coletivo aditivo; na base do Sindicato, 42 unidades foram paralisadas e quarta-feira tem nova negociação
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São Paulo – Revisão das cobranças por resultados, mudanças na Avaliação de Qualidade Operacional (AQO), mais contratações para aliviar a sobrecarga de trabalho, extensão do plano de saúde para dependentes... A lista de reivindicações dos funcionários do Santander é extensa, mas o banco não se mostrou disposto a avançar em nenhuma delas até agora.

> Fotos: galeria do protesto em São Paulo
> Santander precisa avançar no Aditivo

Diante dessa postura, o movimento sindical realizou Dia Nacional de Luta nesta segunda-feira 20, com paralisações temporárias de centenas agências em todo o país a fim de pressionar a instituição financeira a adotar uma atitude mais propositiva. Quarta-feira 22 haverá nova rodada de negociação.

> Leia o Sindical Santander sobre o tema

Na base do Sindicato foram paralisadas até o meio-dia 42 unidades em todas as regiões da capital paulista, onde dirigentes fizeram reuniões com os bancários para explicar o motivo do ato, bem como as reivindicações.

“A questão do convênio realmente fica pesada para quem tem filhos”, opinou um bancário. No fim de 2014, o banco unilateralmente acabou com o direito de incluir filhos e dependentes no plano de saúde até os 24 anos. “Acho uma injustiça que só os funcionários que têm Cabesp têm esse direito”, reclamou outra. Cabesp é o plano de saúde dos funcionários originários do Banespa, adquirido pelo banco espanhol em 2000.

“A AQO tem de mudar. Nem sempre dá para penalizar um todo por causa de um”, criticou um funcionário. “Se você não bater a meta, perde toda a produtividade do mês. Não é justo, porque todo um trabalho foi realizado, o banco ganhou, e você não recebe”, disse um colega.

“A mudança de função de caixa é o que mais me preocupa”, diz uma funcionária. O banco está implantando projeto que obriga bancários da função a trabalhar como agentes comerciais durante metade da jornada.  

Reivindicações - A pauta de reivindicações começou a ser construída a partir da consulta respondida por mais de 10 mil funcionários em todo o país. Baseados nas respostas dos bancários, dirigentes sindicais do Brasil inteiro reuniram-se nos dias 12 e 13 de abril para definir a pauta a ser entregue ao banco.

> Pauta específica será debatida com Santander

As propostas foram aprovadas em assembleias em âmbito nacional. Quatro dias depois, o documento contendo as reivindicações foi entregue à vice-presidenta de Recursos Humanos do Santander, Vanessa Lobato. A partir daí, ocorreram três rodadas de negociação. A empresa sinalizou com a renovação do acordo, mas não se mostrou disposta a avançar em novas cláusulas.

> Aprovada, pauta será entregue dia 12
> Negociação começa no dia 19

“Não queremos apenas a renovação. Aguardamos o Santander nessa próxima negociação com avanços nas propostas”, enfatiza Maria Rosani, diretora executiva do Sindicato e bancária do Santander. “Temos muitos problemas relacionados às condições de trabalho e reivindicamos mudanças e melhorias”, completa.

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Rodolfo Wrolli – 20/6/2016

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