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Santander, queremos avanços no Acordo Aditivo!

Linha fina
Na quinta rodada de negociação, banco fez contraproposta que não contempla reivindicações; Sindicato cobra respostas que atendam expectativas dos bancários
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São Paulo – Embora esteja com a pauta de reivindicações para renovação do Acordo Aditivo desde 12 de maio, o Santander ainda não apresentou resposta concreta às demandas dos trabalhadores. Na quarta-feira 6, na quinta rodada de negociação, o banco apresentou uma contraproposta que passa longe de atender às expectativas dos funcionários.

“Além de não tratar das novas cláusulas como, por exemplo, a reivindicação de empréstimo com parcelamento sem juros após o retorno das férias, os representantes do banco abordaram poucos pontos da nossa pauta e, mesmo nessas questões, apresentaram contraproposta insuficiente”, critica a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da COE Santander (Comissão de Organização dos Empregados), Maria Rosani.

Bolsas de estudo – Na sua resposta, o Santander retirou critérios de avaliação que dificultariam o acesso do bancário às bolsas de estudo, mas não corrigiu os valores com base na inflação no período.

“O banco apenas retirou obstáculos absurdos que ele mesmo impôs para concessão das bolsas como, por exemplo, condicionar o direito às avaliações de desempenho e comportamental do funcionário. Isso tornaria extremamente subjetivo o critério de escolha dos contemplados. Mas se negou a corrigir os valores”, relata o dirigente sindical e funcionário do Santander Ramilton Marcolino.

PPRS – Em relação ao Programa Próprio de Remuneração Santander (PPRS), o banco propôs apenas o reajuste de acordo com o percentual da categoria a partir do próximo ano.

“Essa proposta não passa nem perto do que reivindicamos. Queremos uma distribuição mais justa dos valores; transparência na AQO [Avaliação de Qualidade Operacional] para que não seja utilizada para dificultar o pagamento da remuneração variável; regras claras e objetivas definidas com participação dos bancários e que, principalmente, não possam ser alteradas no meio do jogo; e que as férias e afastamentos não entrem no cálculo”, explica Maria Rosani.

Saúde e condições de trabalho – Sobre questões relacionadas a saúde e condições de trabalho, o banco propôs que sejam discutidas em grupos de trabalho.

“A proposta dos GTs não nos convenceu. A negociação para a renovação do Acordo Aditivo é o momento para fazer esse debate. Não é possível que a única resposta do Santander para questões tão importantes seja adiar a discussão. O banco precisa sinalizar um caminho ou apresentar uma solução para avançarmos nesses temas”, destaca Ramilton.

A próxima mesa de negociação está marcada para quarta-feira 13. “Entregamos nossa pauta há cerca de dois meses. Já está mais do que na hora de o Santander apresentar propostas concretas para deliberação. Enquanto isso é fundamental que os bancários, junto com o Sindicato, mantenham a mobilização forte”, conclui Maria Rosani.

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Felipe Rousselet - 6/7/2016
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