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Greve completa 16 dias por culpa dos bancos

Linha fina
Setor que mais lucra no Brasil insiste em reajuste abaixo da inflação e não retoma negociações com bancários; nesta quinta, 16h, mobilização se soma à paralisação contra retirada de direitos na Paulista
Imagem Destaque

Cláudia Motta, Redação Spbancarios
21/9/2016


São Paulo – Os bancos fazem parte do setor que mais lucra no Brasil. Mesmo assim, recusam-se a pagar aumento digno aos seus funcionários ou debater mecanismos de proteção aos empregos e, assim, levaram a categoria a uma greve que, nesta quarta-feira 20, chegou ao 16º dia em todo o Brasil.

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Em São Paulo, Osasco e região, 1.044 locais de trabalho foram fechados pelo movimento grevista, com a participação de mais de 35 mil bancários. Centenas de agências de bancos públicos e privados foram fechadas assim como centros administrativos do Banco do Brasil, da Caixa, o CT, o CA Brigadeiro e os prédios das ruas Fábio e Jundiaí, do Itaú; o Vila Santander; o Telebanco do Bradesco, na Santa Cecília.

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Ato na Paulista – Razões não faltam para parar! E os bancários – que fazem uma das maiores greves de sua história desde 6 de setembro por aumento digno para salários, PLR, vales e auxílio-creche, respeito ao emprego, por melhores condições de trabalho – participarão também da paralisação nacional contra a retirada de direitos, nesta quinta-feira, rumo à greve geral. Um grande ato será realizado a partir das 16h, no vão livre do Masp (Avenida Paulista, 1.578).

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“Essa mobilização nacional tem tudo a ver com todas as nossas pautas. Também estamos lutando por emprego, pelo direito à aposentadoria”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva. “Vários bancários estão prestes a se aposentar, mas já estão preocupados porque terão de trabalhar muito mais se as reformas trabalhista e previdenciária, pretendidas pelo governo Temer, passarem. Vamos continuar nossa greve forte e nos unir a todas as outras categorias por uma pauta maior que é a pauta de todos os trabalhadores”, explica a dirigente.

“O tema da nossa campanha vai muito além das nossas reivindicações, tem a ver com momento do país, com quererem retirar nossos diretos. Só a luta te garante e se os trabalhadores não forem à rua contra o que está acontecendo vão retirar muitos direitos que demoramos muito pra conquistar, porque nada foi dado, tudo foi conquistado”, convoca Ivone.

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