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Emoção no evento dos 90 anos do Sindicato

Linha fina
Reconhecimento e homenagem a trabalhadores que marcaram vida dos bancários e história da entidade
Imagem Destaque

São Paulo – Pessoas que dedicaram grande parte da vida pela luta sindical. Contar histórias envolvendo alguns desses personagens torna mais fiel o resumo do que representa a trajetória do Sindicato, que completa 90 anos no dia 16 de abril.

E foram dois os homenageados, símbolo de todo esse trabalho. Na segunda 1º, no primeiro evento oficial de uma série que marcará o mês de aniversário, imagens do dirigente Manoel Castaño Blanco, o Manolo, lembravam o companheiro morto em agosto de 2012.

Sua esposa, a advogada Deborah Regina Rocco Castaño Blanco, recebeu uma placa de homenagem a Manolo, ao lado do filho Diogo (foto à esquerda). “Quero agradecer a todos os dirigentes sindicais e funcionários que conviveram com ele, que sabem do temperamento espanhol que ele tinha, e que, assim como eu, aprenderam com ele”.

Ex-funcionário do Safra, Manolo tinha 49 anos quando morreu. Foi dirigente do Sindicato de 1991 até 2002 e deixou como legado sua criatividade, bom humor e irreverência, características que marcam até hoje as manifestações dos bancários de São Paulo, Osasco e região.

Outro momento de emoção foi a homenagem a Nelson Silva, aplaudido de pé pelos convidados. Aos 73 anos, Nelson é um dos grandes dirigentes da história do Sindicato. Conseguiu trabalho no banco Irmãos Guimarães na década de 1950 para poder entrar nos bailes promovidos na sede do Sindicato, exclusivos para trabalhadores sindicalizados da categoria.

Durante a homenagem, Nelson não poderia deixar de contar uma das engraçadas histórias de seu “cachorro comunista”, Dick Silva. Arrancou risos, aplausos e lágrimas durante o evento.

> Leia o perfil completo de Nelson Silva

30 anos de CUT – Não faltam motivos para a classe trabalhadora comemorar. Também neste ano, a Central Única dos Trabalhadores, maior central da América Latina e uma das maiores do mundo, completa 30 anos.

Durante o evento, o presidente da Central, Vagner Freitas (foto à esquerda), primeiro bancário a presidir a CUT, homenageou a categoria. “No Brasil o bancário é protagonista e todos esses ex-presidentes [e a atual presidenta] presentes ajudaram a construir a CUT. A trajetória do Sindicato deve ser honrada”, ressaltou.

Unidade e pluralidade – O dirigente Mané Gabeira (foto à direita) falou da unidade e respeito à pluralidade que pautam a atuação do Sindicato: “Se hoje eu enxergo longe é porque subi nos ombros de um gigante”. Ele exaltou a importância da entidade e agradeceu diretores do Sindicato que faleceram. “Quero homenagear também companheiros que me trouxeram para o movimento e que já não estão aqui.” Mané Gabeira finalizou ressaltando o fortalecimento da luta da entidade lembrando que enquanto os trabalhadores enfrentarem injustiças o movimento sindical permanecerá firme. “Pela nossa luta e pela nossa esperança”, finalizou.

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Gisele Coutinho – 1/4/2013

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