São Paulo – “Que as unidades da Caixa Federal funcionam com menos bancários do que necessitam não é novidade”, pondera o diretor do Sindicato Dionísio Reis. “Mas agora o banco está inovando em matéria de redução de custos: não disponibilizou o incentivo à graduação e está deixando de substituir assistentes em férias”, denuncia.
O incentivo à graduação é um valor que o banco público oferece aos empregados para ajudá-los a custear seus cursos. O problema, segundo Dionísio, é que neste primeiro semestre do ano, os bancários que procuraram o programa descobriram que ele não foi ofertado. “O incentivo à graduação foi conquista dos empregados em greve e não pode ser retirado dessa forma pelo banco”, lembra.
Outra medida prejudicial aos trabalhadores é a alteração da RH 184, normativa que determina a substituição de empregados de férias em seus respectivos cargos. “Em agências em que trabalham dois assistentes, quando um sai em férias não está sendo substituído, e o que fica acaba fazendo o trabalho por dois”, informa o dirigente.
Ele ressalta que a Caixa é um banco altamente lucrativo e que deveria investir em melhorias nas condições de trabalho e de atendimento à população. A instituição teve lucro de R$ 1,5 bilhão apenas no primeiro trimestre deste ano.
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“Vamos entrar em contato com as diretorias responsáveis e cobrar providências. Como banco público, que participa da implementação de boa parte da política social do governo federal, a Caixa deveria dar exemplo e valorizar seus empregados”, critica Dionísio.
“Suspeitamos que a instituição esteja utilizando outros meios que prejudicam os bancários para cortar gastos. Caso isso esteja acontecendo, os trabalhadores devem denunciar ao Sindicato”, acrescenta.
Andréa Ponte Souza – 30/6/2014
