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Definidas reivindicações dos bancários em São Paulo

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Debate agora segue para Conferência Nacional onde trabalhadores definem pauta final a ser entregue à federação dos bancos em agosto
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São Paulo – Entre as prioridades apontadas pelos bancários do estado de São Paulo para a Campanha Nacional Unificada 2014 estão o índice de 12,1% (reajuste com inflação estimada mais aumento real de 5%), combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais empregos e fim das demissões nos bancos privados. Também foi definido o piso com base no salário mínimo do Dieese (R$ 2.979,25) e a PLR de três salários mais R$ 6.225 de parcela fixa adicional. Além do 14º salário.

Essas prioridades foram debatidas em conferência estadual realizada no sábado 19, na capital, e serão levadas ao debate na conferência nacional entre os dias 25 e 27 julho, em Atibaia (SP). Lá será definida a pauta final a ser entregue à federação dos bancos (Fenaban) no mês de agosto. A data base da categoria é 1º de setembro.

> Fotos: galeria da conferência
> Vídeo: reportagem sobre os debates

Participaram 336 delegados eleitos em assembleias realizadas pelos sindicatos e nas conferências regionais preparatórias. A pauta geral da classe trabalhadora também foi debatida e aprovada, com Reforma Política, democratização dos meios de comunicação e combate à terceirização e precarização das condições de trabalho.

“Enquanto o PIB Brasil cresceu 1,9% no primeiro trimestre de 2014, em relação ao mesmo período do ano passado, para o setor financeiro o crescimento foi de 2,6%. Somente o lucro dos cinco maiores bancos do país aumentou 15% neste período”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato. “Os trabalhadores são os responsáveis por esse excelente resultado no setor e vamos manter na nossa campanha as reivindicações por melhores salários e condições de trabalho”.

A dirigente lembrou, ainda, que os seis maiores bancos investiram em propaganda R$ 3,6 bilhões em 2013, crescimento de 13,2% em relação a 2012. “Mas a imagem passada nessas propagandas não corresponde à realidade dos bancários, que têm sobrecarga cada vez maior de trabalho e têm de cumprir metas abusivas”, destaca Juvandia. “Esperamos que os bancos este ano sejam mais responsáveis e apresentem propostas que atendam às reivindicações dos trabalhadores, sem a necessidade de greve. Os bancários, no entanto, estão mobilizados e organizados.”

> Conferência homenageia Gushiken

Consulta – Durante a conferência foram apresentados os resultados das consultas realizadas nos sindicatos filiados à Fetec/CUT-SP (federação dos bancários da CUT). A pesquisa foi feita por 13 sindicatos, com um total de 16.151 questionários.

> Resultado da consulta norteia Campanha 2014

Somente na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, nas cláusulas econômicas, as maiores reivindicações foram por aumento real acima da inflação (73% das respostas), PLR maior (60%) e ampliação do piso da categoria (37%). Entre as cláusulas sociais, vale-alimentação e refeição maiores foram apontados por 82% das respostas, auxílio-educação (56%), e auxílio-creche/babá (43%). Além das prioridades para as cláusulas econômicas e sociais, a consulta apontou também como a atual política dos bancos compromete a saúde dos empregados: 17% responderam que usam medicamento controlado.

Lucro dos bancos – O lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander), nos três primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 13,6 bilhões, com crescimento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. Os principais itens do balanço desses bancos comprovam o sólido desempenho do setor. As receitas com prestação de serviços e tarifas cresceram 11,4% atingindo o valor de R$ 24,3 bilhões.


Redação - 19/7/2014

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