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Bancários querem parcela maior do lucro

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Enquanto média da participação nos lucros dos caixas cresceu 338%, lucro líquido das instituições financeiras aumentou 1.067% desde 1995
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São Paulo – Os bancários querem se apropriar de uma parcela maior do lucro das instituições financeiras. Essa foi a reivindicação feita pelo Comando Nacional à federação dos bancos (Febraban) nesta quinta-feira 11, na rodada que encerrou os debates de remuneração iniciados na quarta-feira 10.

> Bancos não apresentaram proposta de índice

Os representantes da categoria cobraram que sejam pagos a título de PLR o valor de três salários mais R$ 6.247,26. Os bancos, no entanto, não aceitam mudar a atual regra que prevê o pagamento de 90% do salário mais parcela fixa de R$ 1.694, além do valor adicional de 2,2% do lucro liquido limitado a R$ 3.388 (valores de 2013).

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“Deixamos claro que precisamos avançar, melhorar essa distribuição”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando. “Reforçamos que o crescimento do lucro líquido dos bancos foi muito mais significativo do que o crescimento da participação dos bancários nesse resultado. Por exemplo, entre 1995 e 2013 a PLR média de um caixa cresceu 338%. Enquanto isso, o lucro líquido dos bancos cresceu 1.067% acima da inflação. É muito desigual.”

> Vídeo: Juvandia comenta o dia de negociação

O Comando reivindicou, ainda, a não compensação dos programas próprios. “Os bancos acabam escondendo a PLR com a compensação dos programas próprios. E os trabalhadores não conseguem saber o que receberam em função das metas ou da PLR que está prevista na Convenção Coletiva de Trabalho”, ressalta Juvandia.

Calendário – Comando e Febraban voltam a se reunir nos dias 16 e 17 para debater os temas pendentes, como emprego, igualdade de oportunidades – de posse das informações do Censo da Diversidade –, saúde e condições de trabalho – com os dados do afastamento dos adoecidos –, além das reivindicações de segurança.

Os bancos ficaram de trazer uma proposta para a pauta econômica no dia 19. “Como em todos os anos, os bancários estão apostando na mesa de negociação para resolver a campanha. A Febraban afirmou que fará o debate do índice de reajuste com os bancos na tentativa de buscar caminho sem conflito. Deixamos claro: só não vai haver conflito se atenderem às justas reivindicações da categoria. Se repetirem a postura dos anos anteriores, vão levar os bancários ao embate e isso ficará claro a partir do dia 19”, completa a presidenta do Sindicato.

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Cláudia Motta - 11/9/2014

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