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Contra demissões no Itaú, Sindicato fecha CTO

Linha fina
Denúncias apontam centenas de dispensas, mas banco não apresenta número oficial; paralisações e protestos vão continuar enquanto não houver negociação com movimento sindical
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São Paulo – Em reação às demissões no Itaú, o Sindicato paralisou o CTO na manhã desta segunda-feira 23. Denúncias apontam centenas de desligamentos nos setores de tecnologia. O Itaú nega, mas não apresenta um número oficial de dispensas, o que reforça as suspeitas de trabalhadores e do movimento sindical de que esteja ocorrendo processo de demissão em massa.

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E-mails enviados ao Sindicato indicam entre 250 a 300 demissões em toda a área de tecnologia. A dirigente e bancária do Itaú Valeska Pincovai salienta que as dispensas estão ocorrendo também em outros segmentos do banco, como no CAT, na rede de agências e nas agências digitais.

“Os bancários da área de tecnologia dizem que haverá mais demissões, sendo que não há nenhuma justificativa para isso, tendo em vista o lucro apresentado pelo banco e as queixas de sobrecarga de trabalho”, critica a dirigente.

O Itaú apresentou lucro de R$ 18,059 bilhões nos primeiros nove meses de 2015, resultado 20,7% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. No terceiro trimestre, o resultado do banco atingiu R$ 6,117 bilhões, 12,1% maior que o do terceiro trimestre de 2014.

Mesmo com números tão significativos, o Itaú segue eliminando postos de trabalho. O número de empregados teve redução de 3%: corte de 2.642 postos de trabalho em doze meses, caindo para 84.490. No mesmo período foram fechadas 42 agências físicas enquanto foram criadas 51 “agências digitais”.

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A paralisação contou com forte apoio dos bancários, que aplaudiam a cada fala dos dirigentes sindicais denunciando a espiral de lucros astronômicos obtidos através da já conhecida fórmula demissões, sobrecarga de trabalho, aumento das metas, pressão pelo seu cumprimento e assédio moral.

“Os protestos e paralisações vão continuar até que o Itaú aceite discutir essas dispensas de forma séria com o movimento sindical”, afirma Valeska.

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Redação – 23/11/2015
 
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