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Bancários do Itaú protestam no CAT e ITM

Linha fina
Sindicato, ao lado dos trabalhadores, retardou abertura das concentrações contra metas abusivas, problemas nas escalas de plantões, aderência, novas normas para entrega de atestados e falta de segurança e transporte
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São Paulo – As condições de trabalho dos funcionários do Itaú, alocados no CAT e ITM, concentrações bancárias da capital paulista, não estão nada boas. Os trabalhadores sofrem com falta de transporte, segurança, com metas abusivas e novas regras impostas pelo banco para entrega e validação de atestados médicos. Para cobrar do banco melhorias, o Sindicato, ao lado dos bancários, retardou a abertura dessas unidades até 10h, na quarta-feira 3.

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“A receptividade ao protesto no CAT foi muito boa. Muitos sugeriram, inclusive, que o ato se estendesse por todo o dia. Os bancários estão indignados com as condições de trabalho. Sentem-se desrespeitados pelo banco”, relata o dirigente sindical e funcionário do Itaú Sérgio Lopes, o Serginho. “No ITM não foi diferente. Após a paralisação, em assembleia, os bancários aprovaram a continuidade dos protestos”, acrescenta o também dirigente sindical e funcionário do Itaú Antônio Soares, o Tonhão.

Aderência – Uma das cobranças dos trabalhadores é que o banco retome as negociações sobre a aderência e a escala de plantões com os funcionários da central de atendimento. “Cobramos que todos os operadores tenham a mesma escala estabelecida para o Varejo e Uniclass e que a aderência seja de 90% para todos”, explica Tonhão.

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Transporte e segurança – De acordo com Tonhão, a transferência de funcionários do antigo CA Raposo para o ITM, sem planejamento sério por parte do banco, prejudicou a segurança e o transporte na concentração. “Quem tinha vaga para estacionar no CA Raposo, hoje não tem o mesmo direito no CA ITM. Param os veículos na parte externa. Com isso, infelizmente voltaram a acontecer roubos e furtos nos arredores. Além disso, o transporte disponibilizado pelo banco, que já era insuficiente, piorou ainda mais.”

No CAT, segundo Serginho, o problema foi a retirada da segurança uniformizada. “São cerca de 5 mil pessoas trabalhando no CAT. O banco tem a obrigação de garantir a segurança dessas pessoas.” Além disso, o dirigente relata que o transporte na concentração é insuficiente: “todos os dias os funcionários reclamam sobre a demora e as filas”.

> Transporte insuficiente e insegurança no CA ITM

Atestados médicos – Outra medida alvo da indignação dos bancários do Itaú é a mudança nas regras para entrega e validação de atestados médicos. A partir de 1º de agosto, atestados médicos de afastamento, de um a quatro dias, deverão ser entregues ao gestor em até três dias a contar da data de emissão. Já para atestados com afastamento igual ou superior a cinco dias, o trabalhador deverá passar por Avaliação Clínica Complementar, realizada em um dos polos administrativos do banco, no prazo de três dias a contar da data de emissão.

> Itaú muda regras para entrega de atestado 

“Na avaliação do Sindicato, o intuito das novas regras é controlar o trabalhador adoecido, muitas vezes vítima de discriminação. Para nós, se o bancário possui atestado, não precisa passar por avaliação complementar”, destaca a dirigente sindical e funcionária do Itaú Valeska Pincovai.

“A indignação com as condições de trabalho no banco não fica restrita aos trabalhadores do CAT e ITM. Ela é generalizada no Itaú. Enquanto o banco não proporcionar condições de trabalho adequadas e respeitar os funcionários, os protestos e paralisações vão continuar”, conclui a dirigente.


Felipe Rousselet - 3/8/2016
 
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