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Dia Nacional de Luta contra plano de funções do BB

Linha fina
Trabalhadores intensificam mobilização contra imposição do novo sistema pela direção do banco
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São Paulo - Depois de mostrar o tamanho da indignação nas manifestações do São João, CSI e 15 de Novembro, os funcionários do Banco do Brasil voltam às ruas no dia 20 de fevereiro, em todo o país, para protestar contra o plano de funções imposto pela direção da empresa.

A decisão pelo Dia Nacional de Luta foi tomada pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), reunida na quinta-feira 7, em São Paulo. Na ocasião, os representantes dos bancários avaliaram a mobilização em todo o país e traçaram novas estratégias contra os problemas já identificados no plano de função.

Com a truculenta imposição do plano de funções, a direção do Banco do Brasil realizou modificações que afetam e ameaçam quase todos os funcionários da instituição, como por exemplo, a redução de salário – em média 16,25%  –, a exclusão das CCVs (Comissões de Conciliação Voluntária) de comissionados como gerentes e assessores, a abominável exigência de assinatura de termo para impedir que o trabalhador possa cobrar o pagamento das horas extras referentes a anos passados - manobra questionável na Justiça -, além de mudanças prejudiciais em unidades como a Ditec (diretoria de tecnologia).

"Não concordamos com a redução dos direitos dos trabalhadores. Queremos abertura de negociação para discutir o plano, conforme sugeriu o próprio Ministério do Trabalho e Emprego ao banco, em dezembro. Diante de mudanças tão importantes e que atingem mais de 100 mil funcionários, o BB deveria agir com mais responsabilidade", critica William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

> Tire suas dúvidas sobre o plano de funções
> Vídeo: bancários perguntam sobre plano do BB

Reação - Cerca de mil funcionários do Banco do Brasil dos complexos São João, CSI e 15 de Novembro participaram ativamente de manifestação organizada pelo Sindicato na quarta-feira 6 (foto). No mesmo dia, aproximadamente 400 trabalhadores do Serviço de Apoio ao Cliente (SAC) usaram peças de roupa na cor preta em protesto.

> Reação forte contra plano de funções imposto pelo BB

"Temos de pressionar a direção do banco mostrando toda a nossa insatisfação com este plano, imposto sem a menor participação do movimento sindical", diz Claudio Luis de Souza, diretor do Sindicato e representante da Fetec/CUT-SP na comissão.

Ação Sindical - Além dos protestos, o Sindicato organiza reuniões com funcionários de diversos setores do banco e também realizou plenária na Quadra. Já ocorreram reuniões com trabalhadores da Diretoria de Tecnologia e Regional de Segurança.

O Sindicato age também na esfera jurídica, onde conquistou liminar ampliando em 30 dias o prazo para assinatura do chamado termo de posse à função comissionada para os cargos de oito horas, que visa impedir que funcionários questionem futuramente o pagamento das sétima e oitava horas como hora extra. Durante esse prazo, o banco não poderá punir com perda de função quem não quiser assinar o termo, sob pena de multa de R$ 10 mil por dia, por bancário que tiver perda de função. O prazo inicial era 8 de fevereiro.

> Liminar sobre prazo de adesão a termo

"Todos os campos de ação, inclusive o jurídico, são importantes e temos de usar todas as armas para nos defendermos, mas é fundamental temos consciência de que é na mobilização que vamos evitar que o banco continue a nos desrespeitar", completa Cláudio Luis.

Leia mais
> Acordo de Comissão de Conciliação Voluntária (CCV)


Redação, com informações da Contraf-CUT - 8/2/2013

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