Pular para o conteúdo principal

Trabalhadores do Santander exigem respeito

Linha fina
Mesmo com a pauta de reivindicações desde 12 de maio, banco não apresentou propostas concretas em negociação do Acordo Aditivo. Portanto, mesas estão suspensas
Imagem Destaque
São Paulo – O Santander, mesmo no atual cenário econômico, lucrou R$ 1,66 bilhões só nos três primeiros meses do ano, crescimento de 1,7% em 12 meses e de 3,3% em relação ao mesmo período de 2015. Segundo seu presidente, Sérgio Rial, o resultado em grande parte foi conquistado pela fidelização de clientes antes inativos e a incorporação de novos correntistas. Ou seja, é fruto do empenho dos funcionários. Ainda assim, o banco desrespeita os trabalhadores e se recusa a valorizá-los nas negociações do Acordo Aditivo.

Na quarta-feira 20, foi realizada a 6ª rodada de negociações entre os sindicatos (COE Santander) e os representantes do banco. “O desrespeito é total. O banco está com a nossa pauta desde o dia 12 de maio e até agora não apresentou nenhuma proposta concreta”, critica a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da COE Santander (Comissão de Organização dos Empregados), Maria Rosani.

“A maioria das reivindicações é de cunho social e visa melhorar as condições de trabalho. São questões importantes como a revisão da política de metas e avaliação de desempenho, empréstimo de férias parcelado, mudanças nas regras do convênio médico, bolsas de estudo, entre outras”, acrescenta a dirigente.

Retrocesso – Além de não avançar nas reivindicações, o Santander desrespeita acordo com o movimento sindical, retirando de forma unilateral o pagamento, de dois salários, para trabalhadores que completam 25 anos de instituição.

> Santander extingue prêmio por tempo de instituição

“O prêmio é um direito adquirido, acordado, que inclusive é mencionado no Acordo Aditivo 2009/2011. O banco sempre manteve com regularidade esse pagamento. E, agora, sem qualquer comunicação, encerra algo que os bancários esperam, fazem planos para esse dinheiro. Na mesa de negociação protocolamos ofício em que cobramos o retorno da premiação”, relata a coordenadora da COE Santander.

Rodadas suspensas – A data para a próxima mesa de negociação não foi agendada e estará suspensa, de acordo com Rosani, até que o Santander apresente propostas concretas que atendam as reivindicações dos trabalhadores.

“O banco gasta milhões para divulgar seu slogan: ´o que o Santander pode fazer por você?’ Nós, trabalhadores, respondemos: queremos valorização e respeito”, conclui a dirigente.

Leia mais
> Santander, queremos avanços no Acordo Aditivo!
> Protesto no “coração” do Santander
> O Santander não pode fazer nada por você
> Bancários do Santander protestam por avanços
> Santander precisa avançar no Acordo Aditivo
> Sem respostas, Santander desrespeita trabalhadores
> Metas são abordadas na primeira mesa sobre aditivo


Felipe Rousselet – 20/7/2016
seja socio

Exibindo 1 - 1 de 1